Contexto histórico
Olivier, na sua Monografia dos Lampirídeos de 1884, descreveu o Phosphaenopterus metzneri, como uma espécie rara e curiosa, que fazia a transição entre os Lampirídeos verdadeiros e os «Phosphaenídeos».
Olivier indicou também que a descrição da espécie, para a ciência, baseava-se em 3 exemplares, encontrados em Portalegre em Junho de 1867 e que apenas se conheciam o macho adulto e a larva.
Ernest Olivier (Fonte)
Depois foi preciso passar muito tempo, até ser encontrado de novo: só em 2002, alguns machos adultos da espécie foram finalmente encontrados junto a uma armadilha luminosa na Serra de S. Mamede (Serrano, A.R.M.; Zuzarte, A.J.; Boieiro, M. & Aguiar, C. 2002. Coleópteros do Parque Natural da Serra de São Mamede. Uma abordagem à sua biodiversidade. Instituto da Conservação da Natureza
(ICN), Relatório Final. Lisboa, 69 pp. + 2 Anexos).
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Em Julho de 2007, eu encontrei uma larva de P. metzneri, a cerca de 4,5 kms de Portalegre, tendo publicado uma pequena nota sobre o achado neste blog (Fonte).
Em Junho de 2009, encontrei 8 larvas de P. metzneri, num ribeiro localizado na vertente Leste da Serra, perto de Espanha.
Em Março de 2011, visitei a coleção privada de Lampirídeos do Museu Nacional de História Natural e da Ciência e verifiquei que tinha 3 machos adultos de P. metzneri erroneamente identificados como Phosphaenus hemipterus, e que eram provenientes de Montargil (distrito de Portalegre) tendo sido coletados, no dia 30 de Maio de 1981 (Montargil, é então apresentado aqui neste trabalho como uma nova localidade para a espécie.)
Em Junho de 2009, encontrei 8 larvas de P. metzneri, num ribeiro localizado na vertente Leste da Serra, perto de Espanha.
Em Março de 2011, visitei a coleção privada de Lampirídeos do Museu Nacional de História Natural e da Ciência e verifiquei que tinha 3 machos adultos de P. metzneri erroneamente identificados como Phosphaenus hemipterus, e que eram provenientes de Montargil (distrito de Portalegre) tendo sido coletados, no dia 30 de Maio de 1981 (Montargil, é então apresentado aqui neste trabalho como uma nova localidade para a espécie.)
Em 2011, a presença da espécie em Espanha, é confirmada pela primeira vez, a pouca distância da fronteira com Portugal (Fonte)
Raphael de Cock e Rosé Ramón Guzmán-Álvarez, em Maio de 2012, encontraram larvas e pupas de P. metzneri, junto a Portagem (Serra de S. Mamede, Portugal) e em Valência de Alcantara (Cáceres, Espanha), junto ao rio Séver (Fonte).
Pupa de macho de P. metzneri (Fonte)
Em 2014, Luis Guilherme de Sousa, encontrou e fotografou, uma larva de P. metzneri em Vila Nova de Erra, Coruche (distrito de Santarém), constituindo assim uma nova localidade para a distribuição geográfica conhecida da espécie.
No dia 7 de Agosto de 2016, o projeto Lightalive foi investigar um ribeiro situado a cerca de 4,5 kms a Nordeste de Portalegre, e encontrou uma larva de P.. metzneri.
No dia 7 de Agosto de 2016, o projeto Lightalive foi investigar um ribeiro situado a cerca de 4,5 kms a Nordeste de Portalegre, e encontrou uma larva de P.. metzneri.
O nosso projeto (Lightalive), decidiu contatar Luis Guilherme de Sousa, e visitar a região de Erra, no dia 26 de Novembro de 2016, tendo encontrado 12 larvas de P. metzneri.
Como a espécie não consta da lista de espécies protegidas e como a zona onde foram encontradas, não era uma área protegida, decidimos guardar algumas destas larvas, para obter informações, sobre a sua dieta, comportamento e estágios de desenvolvimento.
Em 2017, uma destas larvas, deu a origem a uma fêmea adulta, que era até então, completamente desconhecida para a ciência.
Em 2018, foi criada a Reserva Lightalive Quinta do Roseiral (Fonte), onde estão presentes 6 espécies de pirilampos (entre as quais, P. metzneri).
No ano de 2019, o nosso projeto visitou a região de Erra, novamente: em Março encontrámos uma larva de P. metzneri (que depois daria origem a uma fêmea adulta) e um macho adulto (no dia 22 de Maio).
Larva que deu origem a uma fêmea adulta de P. metzneri
Parque Natural da Serra de S. Mamede
A Serra de S. Mamede, estende-se no sentido Noroeste-Sudeste e constitui um oásis, rodeado por um entorno marcadamente mediterrânico,.
Atinge a altitude de 1025 m, e funciona como uma barreira de condensação, sendo mais húmida do que planuras em redor, sobretudo nas vertentes viradas a Norte.
Portalegre, que fica entre 400 m e 600 m de altitude, tem um bioclima de tipo Mesomediterrânico Inferior e Sub húmido superior e Marvão que fica 860 metros de altitude, tem um bioclima Mesomediterrânico Superior e Húmido inferior. (fonte)
A maior parte da Serra de S. Mamede, tem solos compostos por xistos, ocorrendo localmente, também alguns substratos calcários (em vales), e substratos quartzíticos e graníticos (em pontos altos da Serra).
Flora: Tendo em conta a diversidade de exposições, surge tanto uma flora de cariz Atlântico que ocupa sobretudo as zonas mais frescas e húmidas como as encostas viradas a Norte (sendo encontrado carvalho-negral em associação com o medronheiro) e que permitem o cultivo da aveleira, do castanheiro, da cerejeira e da nogueira, na Serra, e uma flora Mediterrânica, que ocupa as zonas mais baixas, onde o sobreiro e a azinheira, têm maior expressão.
Em zonas húmidas, localizadas em vales profundos, podem ocorrer turfeiras meridionais que têm aqui um caráter reliquial e também florestas aluviais (onde ocorrem freixos, salgueiros, amieiros, entre outros).
Nestas zonas húmidas, cobertas de vegetação ripícola, é onde também temos observado o P. metzneri, na Serra de S. Mamede.
O nosso projeto, visitou a Serra de S. Mamede, 4 vezes (três das quais em Julho e uma em Junho), e encontrou o género Phosphaenopterus em 3 dessas viagens.
Como a espécie não consta da lista de espécies protegidas e como a zona onde foram encontradas, não era uma área protegida, decidimos guardar algumas destas larvas, para obter informações, sobre a sua dieta, comportamento e estágios de desenvolvimento.
Em 2017, uma destas larvas, deu a origem a uma fêmea adulta, que era até então, completamente desconhecida para a ciência.
Em 2018, foi criada a Reserva Lightalive Quinta do Roseiral (Fonte), onde estão presentes 6 espécies de pirilampos (entre as quais, P. metzneri).
No ano de 2019, o nosso projeto visitou a região de Erra, novamente: em Março encontrámos uma larva de P. metzneri (que depois daria origem a uma fêmea adulta) e um macho adulto (no dia 22 de Maio).
Larva que deu origem a uma fêmea adulta de P. metzneri
O nosso projeto identificou 3 núcleos de Phosphaenopterus metzneri em Portugal:
Parque Natural da Serra de S. Mamede
A Serra de S. Mamede, estende-se no sentido Noroeste-Sudeste e constitui um oásis, rodeado por um entorno marcadamente mediterrânico,.
Atinge a altitude de 1025 m, e funciona como uma barreira de condensação, sendo mais húmida do que planuras em redor, sobretudo nas vertentes viradas a Norte.
Portalegre, que fica entre 400 m e 600 m de altitude, tem um bioclima de tipo Mesomediterrânico Inferior e Sub húmido superior e Marvão que fica 860 metros de altitude, tem um bioclima Mesomediterrânico Superior e Húmido inferior. (fonte)
A maior parte da Serra de S. Mamede, tem solos compostos por xistos, ocorrendo localmente, também alguns substratos calcários (em vales), e substratos quartzíticos e graníticos (em pontos altos da Serra).
Flora: Tendo em conta a diversidade de exposições, surge tanto uma flora de cariz Atlântico que ocupa sobretudo as zonas mais frescas e húmidas como as encostas viradas a Norte (sendo encontrado carvalho-negral em associação com o medronheiro) e que permitem o cultivo da aveleira, do castanheiro, da cerejeira e da nogueira, na Serra, e uma flora Mediterrânica, que ocupa as zonas mais baixas, onde o sobreiro e a azinheira, têm maior expressão.
Em zonas húmidas, localizadas em vales profundos, podem ocorrer turfeiras meridionais que têm aqui um caráter reliquial e também florestas aluviais (onde ocorrem freixos, salgueiros, amieiros, entre outros).
Nestas zonas húmidas, cobertas de vegetação ripícola, é onde também temos observado o P. metzneri, na Serra de S. Mamede.
O nosso projeto, visitou a Serra de S. Mamede, 4 vezes (três das quais em Julho e uma em Junho), e encontrou o género Phosphaenopterus em 3 dessas viagens.
Local 1 (situado a 4,5 kms de Portalegre)
Trata-se de um ribeiro, coberto com vegetação ripícola (Populus sp, Fraxinus sp, entre outros), mais ou menos densa (conforme os locais) e rodeado sobretudo de sobreiral, associado a silvados, fetais (Pteridium aquilinum), entre outros. Também ocorre pinhal (pinheiro-bravo), nas zonas ao redor, do habitat ribeirinho.
Nesta zona, ocorre frequentemente gado bovino de Raça Alentejana, que tem presença regular até mesmo junto ao ribeiro..
Em Julho de 2006, eu, Gonçalo Figueira (Universidade Técnica de Lisboa), Susana Brandão (Universidade de Coimbra) e Raphael de Cock (Universidade de Antuérpia), não encontrámos nenhuma larva ou adulto e foi quando estivemos mais tempo a estudar este local (duas noites), em todas as viagens de campo realizadas na Serra,
Em 2006, encontrámos foi numerosas larvas de Lampyris sp (possivelmente L. iberica), e foram atraídos, até às armadilhas luminosas, vários machos de Nyctophila reichii.
As duas noites (Julho, 2006) estiveram amenas (cerca de 18ºc).
Este ribeiro foi investigado em 2006, 2007 e em 2016
Nos anos de 2007 e 2016, nas margens do ribeiro, encontrei as larvas de P. metzneri através do seu comportamento luminoso (e a confirmação foi feita à luz de uma lanterna).
Uma larva foi encontrada em Julho de 2007 e outra foi encontrada em Julho de 2016.
Tal como em 2006, tanto em 2007 como em 2016, foram observadas numerosas larvas de Lampyris sp. em zona de habitat ribeirinho, mas não foram utilizadas armadilhas luminosas para atrair pirilampos adultos desta e de outras espécies.
Em 2007, tal como em 2016, houve apenas uma noite de trabalho de campo neste setor da Serra de S. Mamede.
Em 2007, as condições meteorológicas noturnas eram amenas e húmidas (temperaturas em torno de 17ºc, sem vento e com inversões térmicas), enquanto em 2016, um vento quente e seco soprava, e mantinha as temperaturas entre 28 e 30 graus celsius (no entanto, a larva foi encontrada enterrada, a cerca de 5 cm de profundidade e a cerca de um metro do ribeiro, num local relativamente fresco e húmido).A distância entre ambos os locais (onde foram encontradas as larvas em 2007 e 2016) é de cerca de 225 metros (sempre junto à margem do mesmo ribeiro).
Nos locais onde foram encontradas as larvas de P. metzneri, os solos apresentam depósitos aluviais, estando rodeados por zonas xistosas
Local 2 (setor Leste)
Em Junho de 2009, nosso projeto visitou, uma zona húmida, rica em vegetação ripícola (amieiro, freixo, salgueiro, entre outros), situada junto a um vale no lado Leste da Serra de S. Mamede.
Os solos aqui são derivados de depósitos aluviais.
Apenas 2 horas de trabalho de campo, bastaram para encontrar 8 larvas de P. metzneri.
As larvas foram encontradas bem junto ao ribeiro, (não distando mais de 1 metro do mesmo) e foram detetadas através dos seus sinais luminosos (e uma lanterna foi usada para fazer a identificação definitiva).
A temperatura rondava os 18-20ºc e o céu estava limpo.
Tal como no outro lado da Serra, nunca observámos larvas muito pequenas (todas teriam pelo menos 1 ano ou mais).
Ribeiro situado no Leste da Serra de S. Mamede
Montargil
Montargil é uma nova localidade para a distribuição geográfica conhecida da espécie.
3 machos adultos estão depositados no Museu Nacional de História Natural e da Ciência (Lisboa), e erroneamente identificados como Phosphaenus hemipterus (tendo tal já sido comunicado ao Museu), e são provenientes de Montargil (tendo sido coletados, no dia 30 de Maio de 1981).
Não nos foi possível determinar, quem fez as colheitas.
Não temos informação também, sobre o local exato da colheita e não chegámos a fazer trabalho de campo na região, à procura de P. metzneri (em 1999 e em 2007 encontrámos as seguintes espécies, nesta região: Lamprohiza sp (provavelmente L. paulinoi), Nyctophila reichii e Lampyris iberica).
Mas temos conhecimento da existência na região de zonas potencialmente propícias à ocorrência de P. metzneri (zonas ribeirinhas, constituídas por salgueirais e amiais, por exemplo) com solos geralmente formados por sedimentos tipicamente fluviais-cascalheiras com elementos bem rolados e areias mais ou menos grosseiras, por vezes com intercalações argilosas (Zbyszewski e Carvalhosa, 1984).
Aqui começam a aparecer frequentemente azinheiras (em Coruche têm menor expressão e são substituídas pelo sobreiro), e a predominar os andares bioclimáticos Termomediterrânicos que podem ir localmente a Secos..
Montargil (Fonte)
Coruche
Uma outra nova localidade a adicionar à distribuição geográfica conhecida de P. metzneri, é Coruche.
Região de poucos acidentes geográficos, a região de Coruche, apresenta colinas ondulantes e grandes e férteis vales, que em certos anos, podem apresentar vastas áreas inundadas.
A estação meteorológica de Coruche, registou uma média anual de 643 mm de precipitação entre o ano de 1976 e 2005 e uma temperatura média mensal que varia entre os 9,2ºc de Janeiro e os 22,7ºc de Agosto para o mesmo período de tempo (Fonte)
A região estudada, tem sobretudo Fluvissolos, mas em certos locais, passam a predominar os solos Podzolizados (de ou sobre arenitos).
A vegetação arbórea, parece localmente dominada, pelo sobreiro e pelo zambujeiro, estando também por vezes presente, o carvalho-cerquinho (como na Reserva Lightalive Quinta do Roseiral).
A maior parte da zona onde foram observadas larvas de P. metzneri, situava-se na berma de um caminho de terra batida, que se situava ao lado um ribeiro, que em muitos setores, estava coberto por borrazeira-branca (e por vezes, também por sobreiros e pinheiros-mansos).
Algumas larvas, também foram encontradas em solo praticamente nu, na berma do caminho.
Por vezes, perto de rochas e de troncos caídos.
O interesse do nosso projeto, em investigar esta região, surgiu com os achados de Luís Guilherme de Sousa, em Outubro de 2014, pois em uma das fotografias tiradas por Luís, surgia uma larva de Phosphaenopterus metzneri (Fonte).
Uma vez estabelecidos os contatos, entre o nosso projeto e Luís Sousa, decidimos visitar a região, para tentar encontrar a espécie: não só seguindo as indicações do local do achado como procurando pela espécie em outras partes da região.
Visitámos a região de Erra, Coruche, em 6 ocasiões: 28 de Novembro de 2016, 23 de Março de 2017, 28 de Abril de 2017, 15 de Maio de 2018, 10 de Março de 2019 e 22 de Maio de 2019.
Visitámos o local que o Luís Sousa, nos indicou, por duas vezes.
O local mais visitado (seis vezes), situava-se a cerca de 2 kms, do ponto indicado por Luís Sousa.
As larvas foram sempre encontradas, junto a bermas de caminhos de terra batida, geralmente em elevações com solo, pedras, troncos e normalmente junto a alguma vegetação (sobreiro, pinheiro-manso, borrazeira-branca e por vezes apenas alguma vegetação herbácea).
Nesta zona de Coruche existem P. metzneri (G. Maps)
28 de Novembro de 2016
Noite húmida, o céu esteve limpo, as temperaturas noturnas andaram em torno de 10ºc-11ºc e foram registadas algumas inversões térmicas em alguns pontos mais baixos do vale, fazendo a temperatura descer em alguns locais, até 8 graus,
Na zona de Erra, após cerca de 3100 metros percorridos, foram vistas 12 larvas de Phosphaenopterus metzneri.
Sete foram vistas em 2100 metros percorridos, numa localidade (vamos designá-la de localidade número 1) e cinco foram vistas, numa zona que dista a 2 kms, da localidade número 1 (nesta última foram percorridos cerca de 1000 metros) e vamos designá-la de localidade número 2 .
Havia bastante humidade nos solos, e foram encontradas igualmente, outras espécies de pirilampos (larvas de Luciola sp e Lampyris sp.), e oligoquetas bioluminescentes.
A saída de campo, durou cerca de 6 horas (das 18h às 24h).
23 de Março de 2017
Localidade número 1:
Noite húmida, mas de céu limpo (a temperatura a rondar os 11ºc).
2100 metros percorridos.
Noite húmida, mas de céu limpo (a temperatura a rondar os 11ºc).
2100 metros percorridos.
1 larva de P. metzneri foi encontrada (berma de caminho).
Também se encontraram cerca de 45 larvas de Luciola.
A saída de campo, durou cerca de duas horas.
22 de Maio 2019
Também se encontraram cerca de 45 larvas de Luciola.
A saída de campo, durou cerca de duas horas.
28 de abril de 2017
Localidade número 1:
Noite quente e seca (a temperatura a rondar os 23ºc).
2100 metros percorridos
Não foi encontrado nenhum Phosphaenopterus metzneri.
Encontraram-se 54 machos de Luciola sp, 2 fêmeas de Luciola sp, 15 larvas de Lampyris sp.
15 de Maio de 2018
Localidade número 1:
Noite quente e seca (temperatura a rondar os 24ºc).
2100 metros percorridos.
Não foram encontrados P. metzneri
Foram contados, pelo menos, 120 machos adultos de Luciola sp.
Também se encontraram formas larvares de Luciola sp. (cerca de 15) e de Lampyris sp. (foi encontrada apenas uma).
Quase todos os machos adultos de Luciola sp, foram vistos a sobrevoar a zona estreita ocupada pelo ribeiro e suas margens, evitando as zonas mais altas e secas ocupadas por um sobreiral.
Várias luzes produzidas por larvas de pirilampo foram avistadas nas margens do ribeiro, não sendo possível chegar perto para revelar a sua identidade (devido ao ribeiro em si e à vegetação).
A saída de campo durou cerca de duas horas.
10 Março de 2019
Localidade número 1:
Noite de céu limpo, fresca e húmida.
A temperatura chegou a descer a 5ºc em alguns pontos do vale (sujeitos a inversões térmicas) mas em certas partes subia até aos 8ºc.
2100 metros percorridos
Foi encontrada 1 larva de Phosphaenopterus.
Também foram encontradas cerca de 20 larvas de Luciola sp.
A saída de campo durou cerca de duas horas.
22 de Maio 2019
Localidade número 1
Noite húmida e amena (temperatura em torno dos 12ºc).
Foram percorridos cerca de 1050 metros
Noite húmida e amena (temperatura em torno dos 12ºc).
Foram percorridos cerca de 1050 metros
1 macho de adulto Phosphaenopterus metzneri foi encontrado perto do ribeiro.
Foram avistados cerca de 105 machos adultos de Luciola sp. e 220 larvas da mesma espécie.
Dos 105 machos adultos do género Luciola contados, apenas 25 foram vistos a voar fora da zona do ribeiro.
Esta saída de campo, durou cerca de 1 hora e 15 minutos.
Fenologia e habitat
Estas observações de campo, colocadas acima, providenciam-nos informações importantes sobre a fenologia e o habitat do P. metzneri.
Indicam-nos, por exemplo, que as larvas de P. metzneri podem ser visíveis em todas as estações do ano (em Coruche foram encontradas no Inverno, no Outono, e na Primavera, enquanto em Portalegre foram encontradas no Verão) e que aparentemente as larvas são mais visíveis nas noites húmidas de outono e que os adultos, podem ser encontrados em Maio.
Ainda que não tenhamos observado, os adultos possivelmente também podem ser encontrados em Junho (em Portalegre, já foram encontrados em Junho (ver a primeira referência de 1867)).
É possível que a espécie possa começar a aparecer no estado adulto antes de Maio (em cativeiro, uma larva que tínhamos encontrado em Coruche em Novembro de 2016, tornou-se num macho adulto a 16 de Março de 2017 (o exemplar foi mantido a uma temperatura de cerca de 12/13 ºc e por vezes até menos ( 8ºc).
Os dados não são suficientemente detalhados para sugerir que haja um declínio da espécie em Coruche.
Seriam necessárias muito mais saídas de campo e em fases cruciais (possivelmente o Outono para a fase larvar e o final da Primavera (finais de Maio, inícios de Junho), para a fase adulta), para tentarmos obter dados mais sugestivos.
Segundo as nossas observações, o P. metzneri parece frequentar sobretudo zonas húmidas, localizadas em depressões, onde o solo se mantém húmido, não só para evitar a desidratação em todos os seus estágios de desenvolvimento, como para ter mais facilidade em encontrar as suas presas (oligoquetas, como Lumbricus terrestris e Microscolex sp., por exemplo).
Parece ser também relativamente frequente, em zonas de transição de habitat mais fechado para mais aberto.
Durante as fases húmidas, também foram encontradas larvas de P. metzneri, em zonas declivosas e junto a ribeiros temporários (com pouca vegetação).
Comportamento luminoso
O nosso projeto realizou medições em alguns exemplares e estágios (como se pode ver em cima) e aqui colocamos mais algumas medições (incluem exemplares provenientes dos 3 núcleos principais, conhecidos até ao momento em Portugal):
Pupa (Coruche)- 10 mm de comprimento e 2,5 mm de largura
Larva (Coruche)- 13 mm de comprimento
Larva (Coruche)- 12 mm de comprimento e 2 mm de largura
Distribuição conhecida para o período de 1981-2019
Foram avistados cerca de 105 machos adultos de Luciola sp. e 220 larvas da mesma espécie.
Dos 105 machos adultos do género Luciola contados, apenas 25 foram vistos a voar fora da zona do ribeiro.
Esta saída de campo, durou cerca de 1 hora e 15 minutos.
Dorso e ventre de macho adulto de P. metzneri (Fonte)
Fenologia e habitat
Estas observações de campo, colocadas acima, providenciam-nos informações importantes sobre a fenologia e o habitat do P. metzneri.
Indicam-nos, por exemplo, que as larvas de P. metzneri podem ser visíveis em todas as estações do ano (em Coruche foram encontradas no Inverno, no Outono, e na Primavera, enquanto em Portalegre foram encontradas no Verão) e que aparentemente as larvas são mais visíveis nas noites húmidas de outono e que os adultos, podem ser encontrados em Maio.
Ainda que não tenhamos observado, os adultos possivelmente também podem ser encontrados em Junho (em Portalegre, já foram encontrados em Junho (ver a primeira referência de 1867)).
É possível que a espécie possa começar a aparecer no estado adulto antes de Maio (em cativeiro, uma larva que tínhamos encontrado em Coruche em Novembro de 2016, tornou-se num macho adulto a 16 de Março de 2017 (o exemplar foi mantido a uma temperatura de cerca de 12/13 ºc e por vezes até menos ( 8ºc).
Os dados não são suficientemente detalhados para sugerir que haja um declínio da espécie em Coruche.
Seriam necessárias muito mais saídas de campo e em fases cruciais (possivelmente o Outono para a fase larvar e o final da Primavera (finais de Maio, inícios de Junho), para a fase adulta), para tentarmos obter dados mais sugestivos.
Segundo as nossas observações, o P. metzneri parece frequentar sobretudo zonas húmidas, localizadas em depressões, onde o solo se mantém húmido, não só para evitar a desidratação em todos os seus estágios de desenvolvimento, como para ter mais facilidade em encontrar as suas presas (oligoquetas, como Lumbricus terrestris e Microscolex sp., por exemplo).
Parece ser também relativamente frequente, em zonas de transição de habitat mais fechado para mais aberto.
Durante as fases húmidas, também foram encontradas larvas de P. metzneri, em zonas declivosas e junto a ribeiros temporários (com pouca vegetação).
Minhocas luminosas (Microscolex sp.)
Comportamento luminoso
As primeiras descrições (muito básicas), que se conhecem sobre o comportamento luminoso (e o habitat) da fase larvar do P. metzneri, foram feitas por mim em 2007 (Fonte).
Raphael de Cock e Rosé Ramón Guzmán-Álvarez, em Maio de 2012, fizeram uma investigação de campo junto ao Rio Séver em 2012 sobretudo no lado espanhol, mas também visitaram o lado português (Portagem, Serra de S. Mamede), durante duas horas (19-21h) no dia 25 de Maio de 2012, tendo encontrado nesta localidade Portuguesa, 4 larvas de P. metzneri.
Ambos fizeram umas descrições mais aprofundadas sobre o brilho da larva de P. metzneri, referindo que observaram pulsares luminosos que duravam 10-15 segundos em larvas de Phosphaenopterus, com intervalos (entre os brilhos) de duração irregular.
Também referiram que o brilho constante observado nas pupas, podia ser induzido por perturbação (pelo facto das larvas reagirem com brilho à vibração, ao toque e ao barulho).
Também observaram que os machos tinham um comportamento luminoso semelhante às larvas, brilhando apenas quando perturbados (através de um par de órgãos luminosos, situados no último segmento abdominal) e que a luz dos machos de P. metzneri, não só incide ventralmente, como dorsalmente, através de pontos menos pigmentados na cutícula.
Este aspeto (brilho bem visível do lado dorsal), era já esperado por mim, ao observar os 3 machos adultos depositados no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, nos quais reparei rapidamente que tinham maior transparência na cutícula situada acima dos órgãos luminosos (no lado dorsal).
A fêmea adulta de P. metzneri também tem a transparência da cutícula no lado dorsal (acima das duas lanternas) que se verifica nos machos adultos da espécie..
A fêmea adulta de P. metzneri também tem a transparência da cutícula no lado dorsal (acima das duas lanternas) que se verifica nos machos adultos da espécie..
Luz de fêmea de P. metzneri (plano dorsal)
Nós observámos a luminosidade produzida por um macho adulto de P. metzneri de Coruche, e notámos que brilhou (após perturbação) da seguinte forma:
- 2 e 3 brilhos (pulsares) de 4 segundos
-Brilho de 25 segundos
-Brilho de 97 segundos
Intervalos (entre os brilhos) de duração irregular
Na nossa opinião, foram observados, dois tipos de emissão luminosa:
-Brilhos (pulsares) curtos.
-Brilhos longos.
Como já mencionamos anteriormente, uma vez que a espécie não tem estatuto de proteção e uma vez que a população estudada junto a Coruche não se localizava numa zona protegida, o nosso projeto coletou alguns exemplares para realizar algumas observações.
Uma larva capturada a 23 de Março de 2017, em Coruche, deu origem a uma fêmea adulta.
Foi portanto a primeira fêmea adulta, alguma vez vista pela ciência (apenas se conheciam machos adultos, pupas e larvas) (Fonte).
Iniciou a fase de pupa a 25 de Abril, emergiu como adulta a 8 de Maio e morreu a 24 de Maio
Esta fêmea media 15 mm de comprimento e as antenas mediam 3 mm (aqui estava suja de lama e na fase final da sua vida):
Plano dorsal
Plano ventral
Em termos de comportamento luminoso, em relação a esta fêmea adulta de P. metzneri, pudemos observar o seguinte:
-Brilho que durou 60 segundos
-Brilho que durou 90 segundos
-2 pulsares consecutivos de 4 segundos com uma luz forte, seguidos de brilhos que podiam durar 120, 150 ou até 200 segundos (com intensidade variada).
Os intervalos entre os brilhos, eram de duração variável e muitas vezes, mantinha sempre luzes acesas ainda que com baixa intensidade.
-2 pulsares de 3 segundos (e nos intervalos de cada brilho a luz nunca chegava a apagar completamente).
-Sem perturbação aparente, a fêmea por vezes ficava com a luz acesa por mais de 5 minutos (e geralmente com uma luz de baixa intensidade).
-Nesta fêmea em particular, parte do brilho não parece apenas vir de duas lanternas (situadas no último segmento abdominal), mas parece antes ter uma distribuição mais alargada, e extensiva, possivelmente incluindo mais segmentos abdominais.
Esta luminosidade mais extensa, geralmente é de baixa intensidade, mas é perfeitamente visível a olho nu e atinge maior intensidade nos últimos segmentos abdominais.
Na nossa opinião, foram observados portanto, pelo menos, 3 tipos diferentes de emissões luminosas, nesta fêmea adulta de Phosphaenopterus metzneri:
-Brilhos (pulsares) de curta duração.
-Brilhos de longa duração
-Brilho de baixa intensidade e longa duração, emitido em diferentes segmentos abdominais
Intervalos (entre os brilhos), de duração irregular.
Intervalos (entre os brilhos), de duração irregular.
Os pulsares de curta duração e os brilhos de longa duração, provavelmente, foram devido a perturbação (vibração, toque, som), pois aconteceram após segurarmos no recipiente de plástico onde estava o exemplar.
Menos fácil, será de explicar os brilhos de baixa intensidade e longa duração (não houve qualquer perturbação).
Luz produzida por uma pupa que deu origem uma fêmea adulta
Aqui estão 2 vídeos: o primeiro (a contar de cima) tem uma fêmea adulta, que emergiu em Maio de 2019 (media 10 mm de comprimento e 3 mm de largura) e o segundo tem uma pequena amostra do seu comportamento luminoso:
https://www.youtube.com/watch?v=TOyKsiOF7KE
https://www.youtube.com/watch?v=eKnzY4A5KwU
https://www.youtube.com/watch?v=TOyKsiOF7KE
https://www.youtube.com/watch?v=eKnzY4A5KwU
Os ovos desta espécie, são esbranquiçados e aparecem envolvidos em um muco luminoso, que pode manter as suas capacidades luminosas por mais de 30 dias.
Também com pelo menos 30 dias de idade, as larvas, começam a brilhar desde o interior dos ovos, produzindo pulsares (de duração variável, mas que em muitas ocasiões, foram observados a durar 3 segundos).
O brilho pode ser muito esporádico e ocorrer apenas nos primeiros segundos, após os ovos estarem sujeitos a toque ou a vibração. Em 3 minutos de observações, os brilhos podem restringir-se a 2 emissões de curta duração e durante apenas os primeiros segundos de observação.
A eclosão das primeiras larvas ocorreu passados 40 dias após a postura dos primeiros ovos (e das últimas larvas levou 41 dias após a postura dos últimos ovos).
As larvas mediam em torno de 2,2 e 2,4 mm, com uma largura de cerca de 0,6 mm, 2 dias após nascer.
As larvas mediam em torno de 2,2 e 2,4 mm, com uma largura de cerca de 0,6 mm, 2 dias após nascer.
Plano ventral da larva de P. metzneri
Também observámos o brilho produzido por duas larvas de P. metzneri originárias da região de Coruche:
-um brilho de 4 segundos (tipo pulsar, com grandes variações de intensidade).
-um brilho de 90 segundos
-um brilho de 170 segundos
-um brilho de 195 segundos
-um brilho forte de 4 segundos, seguido de um brilho que durou ligeiramente mais de 200 segundos (de intensidade variada).
Na nossa opinião foram identificados 2 tipos principais, de emissões luminosas em larvas de P. metzneri:
-brilhos (pulsares) de curta duração
-brilhos de longa duração
Intervalos (entre brilhos) de duração variável.
Numa próxima investigação que iremos realizar sobre este tema, tentaremos aprofundar ainda mais o conhecimento sobre as emissões luminosas da espécie P. metzneri.
Local promissor para futuras saídas (Coruche)
Observações complementares
Um macho foi observado a subir para um local ermo (canto de um pano húmido, a cerca de 10 cm de altura), a abrir os élitros e a bater as asas, por uns 3 segundos.
Um macho foi observado a subir para um local ermo (canto de um pano húmido, a cerca de 10 cm de altura), a abrir os élitros e a bater as asas, por uns 3 segundos.
Durante as nossas investigações, tentámos ver se os machos adultos voam, mas nunca observámos tal situação.
Ainda não sabemos ao certo se os machos, mediante certas circunstâncias, voam, mas futuras investigações serão necessárias para tentar responder a esta questão.
As larvas de P. metzneri evidenciaram atividade à superfície do solo, com temperaturas que variaram entre 6ºc e 28ºc.
Uma vez, uma larva que tinhamos em cativeiro (com cerca de 9 mm de comprimento), pareceu-nos que tinha fugido do seu recipiente e como tal deixámos de nos preocupar em colocar água no pequeno pedaço de substrato e no papel, que estavam no interior do recipiente.
Passados 3 dias, quando fomos a retirar o interior (já bastante ressequido), verificámos que a larva estava viva e que se movimentava normalmente.
A larva deve ter passado pelo menos dois dias, sem água e o recipiente, uma vez que foi considerado vazio, foi mantido num local quente (com temperaturas em torno de 30ºc).
Larva de P. metzneri (Erra, Coruche).
O nosso projeto realizou medições em alguns exemplares e estágios (como se pode ver em cima) e aqui colocamos mais algumas medições (incluem exemplares provenientes dos 3 núcleos principais, conhecidos até ao momento em Portugal):
Pupa (Coruche)- 10 mm de comprimento e 2,5 mm de largura
Larva (Coruche)- 13 mm de comprimento
Larva (Coruche)- 12 mm de comprimento e 2 mm de largura
Os 3 machos adultos que estão depositados no Museu Nacional de História Natural e da Ciência e que são provenientes de Montargil, têm as seguintes dimensões (comprimento): 5,5 mm, 6 mm e 7 mm.
Ernest Olivier, referiu 6 mm de comprimento e uma largura de 2 mm, para o macho adulto que ele examinou (proveniente de Portalegre).
A nível regional e até hoje, nunca foi observada coexistência entre Phosphaenus hemipterus e Phosphaenopterus metzneri.
Ernest Olivier, referiu 6 mm de comprimento e uma largura de 2 mm, para o macho adulto que ele examinou (proveniente de Portalegre).
A nível regional e até hoje, nunca foi observada coexistência entre Phosphaenus hemipterus e Phosphaenopterus metzneri.
Existem várias semelhanças entre ambos os géneros, nomeadamente a nível de órgãos reprodutores e hábitos alimentares, mas também existem algumas diferenças: tendo em conta as observações que obtivemos a partir de indivíduos mantidos em cativeiro, parece-nos também possível que o P. metzneri tenha mais resistência ao calor e à desidratação do que o Phosphaenus hemipterus (tal como a distribuição geográfica de ambas as espécies também parece sugerir), mas tal aspeto, ainda não foi detalhadamente abordado.
O macho de Phosphaenopterus tem élitros e asas muito maiores do que os machos de Phosphaenus
As nossas medições também parecem sugerir que as fêmeas de P. metzneri, são maiores do que as fêmeas de Phosphaenus hemipterus, mas poucos exemplares foram medidos até hoje.
O macho de Phosphaenopterus tem élitros e asas muito maiores do que os machos de Phosphaenus
As nossas medições também parecem sugerir que as fêmeas de P. metzneri, são maiores do que as fêmeas de Phosphaenus hemipterus, mas poucos exemplares foram medidos até hoje.
A fêmea que consegui obter em 2019 (através uma larva capturada meses antes), foi fotografada por Filipe Lopes e pode ser vista aqui, juntamente com um macho que encontrei em Maio:
Estudos genéticos serão fundamentais para esclarecer as diferenças entre ambos estes pirilampos e nós já temos alguns exemplares preservados para esse efeito.
Também temos alguns exemplares guardados para serem oferecidos a museus (alguns dos quais serão depositados no Museu Nacional de História Natural e da Ciência).
Esperamos que a nossa investigação de alguma forma sirva para aumentar o conhecimento sobre esta espécie, tida como rara por alguns autores.
A nossas investigações sobre esta espécie, irão continuar.
Também temos alguns exemplares guardados para serem oferecidos a museus (alguns dos quais serão depositados no Museu Nacional de História Natural e da Ciência).
Esperamos que a nossa investigação de alguma forma sirva para aumentar o conhecimento sobre esta espécie, tida como rara por alguns autores.
A nossas investigações sobre esta espécie, irão continuar.
Distribuição geográfica de Phosphaenopterus metzneri em Portugal:
Distribuição conhecida para o período de 1981-2019
12 comments:
Boa noite
Espécie interessante e curiosa, sem dúvida!
Obrigado pela partilha.
Cumprimentos
Olá Fernando
Obrigado.
Tem visto alguma coisa por aí?
Excelente leitura, obrigada!
Infelizmente nunca vi esta espécie.
Conheço bem o Alto Alentejo, mas desconheço os pirilampos da zona.
Aprendi bastante. Muito bom o artigo!!
Boa tarde
Não tenho ido ver, mas a ver se consigo ir um dia destes.
Cumprimentos
Obrigado Ana!
Ok, Fernando, grato pela atenção.
Boa noite
Já vi dois pirilampos, mas o tempo está de chuva, por isso quando vier mais calor, em princípio devo ver mais.
Já lhe enviei um resumo do que vi.
Obrigado.
Cumprimentos
Muito giros estes!
Também nunca vi nenhum.
Obrigada por partilhar os vossos achados. :-)
Obrigado, Fernando!
Tânia: quando nós soubermos quando vamos para o campo para os estudar, dizemos-te alguma coisa.
Claro que gostaria de ir! Agradeço a atenção! :-)
Bons achados, sim senhor!
Obrigado, mccosta.
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