Friday, October 30, 2020

Ilustração sobre bioluminescência marinha e terrestre

                                                                         Erin Grant
 

 Fotografia tirada por Gonçalo Lemos, a uma fêmea adulta de Lampyris sp. na Reserva     Lightalive   «Jardim de Leiria»:



Tanto dentro desta reserva, como fora, ocorrem também pirilampos do género Luciola que podem atingir aglomerações consideráveis na região:



Aqui  Gonçalo Lemos fotografou  duas pupas de Luciola prestes a passar para a fase adulta:




                                                           

Este tipo de produção luminosa, localizada sobretudo no antepenúltimo e penúltimo segmento, normalmente antecede a passagem para a fase adulta.


Também tenho observado pupas de Luciola a produzir um brilho generalizado, em que praticamente toda a pupa brilha.





Wednesday, October 07, 2020


Perto de Óbidos, em finais de Setembro de 2020, foram observados alguns ramos e troncos em decomposição a produzir luz (tendo sido colonizados por um fungo luminoso), e no início de Outubro deste ano  começou a  observar-se vários novos pontos de emergência de outros fungos luminosos (desta feita a colonizar as folhas caídas no chão).
Por vezes, basta uma pequena chuvada, para o chão da floresta, começar  repentinamente a iluminar-se. No ano passado, observei tal fenómeno perto da Reserva Lightalive de Óbidos,  (debaixo de alguns carvalhos-cerquinhos).
Quando as noites são escuras e húmidas, debaixo da proteção do arvoredo, por vezes podem-se ver autênticos tapetes luminosos, que podem chegar a cobrir uma área superior a um metro quadrado, sendo alguns visíveis a vários metros de distância (em locais bastante escuros). Por vezes, podem apresentar uma intensidade luminosa assinalável (mas são certamente mais comuns, os agrupamentos mais pequenos).
 Como já tínhamos indicado antes, existem espécies de fungos luminosos na Reserva Lightalive de Óbidos, mas também nos arredores da mesma, o que é compreensível, pois parte desta reserva, insere-se na Rede Natura, que cobre uma área significativa da região.
A manifestação deste fenómeno, estende-se a uma área considerável na região, cobrindo de forma contínua uma distância superior a 700 metros.
Consegui comprovar a existência de diferentes espécies a produzir este fenómeno, na região..
Uma espécie luminosa, constitue um mistério, pois pelas caraterísticas do fruto, é muito provavelmente nova para a lista de fungos luminosos de Portugal (ainda que até  possa ser um cogumelo conhecido em Portugal, mas que do qual se desconhecem propriedades lumnescentes).
Este assunto ainda está a ser investigado.
Numa distância relativamente contínua (superior a 350 metros)  foi detetada a presença de uma espécie de Armillaria, que dado o tipo de terreno, solo e vegetação e caraterísticas físicas,  poderá sugerir a possibilidade de se tornar do mesmo exemplar, pois já se sabe que estas espécies podem atingir enormes proporções e uma idade milenar. 
Nas florestas e pomares locais, não se observam danos que mereçam menção (derivados a possíveis ataques), parecendo antes que este género,  nesta região tem antes um papel fitossanitário, preferindo atacar árvores já muito doentes ou debilitadas, mas ainda com maior ênfase na decomposição do material lenhoso que se encontra caído no chão da floresta.
Um fungo luminoso, de identidade desconhecida,  foi fotografado em 2018,  a apenas cerca de 150 metros da Reserva Lightalive de Óbidos:


                                                             Autor: Gonçalo Lemos