Perto de Óbidos, encontrei alguns ramos e folhas luminescentes (foram colonizados por uma espécie de fungo luminoso).
Filipe Lopes, tentou fotografá-los, mas não foi fácil... Contudo, penso que o resultado é satisfatório, até porque a sequência, está bastante interessante.
A olho nú, a bioluminescência era mais extensa do que estas fotos demonstram, mas a côr da mesma, era menos fácil de discernir (na foto podemos ver que é verde)...
Mesmo quando a intensidade da luz é razoável, ao ponto de causar reflexão em redor, a nossa percepção é limitada, quando é necessário identificar a côr exata da luz.
Em Sintra, foram observadas folhas em decomposição, que aparentavam ter uma luz predominantemente amarela, mas as fotografias indicam que a luz afinal era verde, como pode ver aqui.
De acordo com as nossas observações e com o que já foi publicado, o género Armillaria é possivelmente o que apresenta maior diversidade de côres de luz (com maior ênfase, no verde e no azul, mas com algumas partes influenciadas pelo amarelo).
De acordo com a nossa experiência de campo, nos grandes exemplares do género Omphalotus é possível discernir razoavelmente (a olho nú) a côr da bioluminescência, mas tal é ainda mais evidente no género Armillaria, sobretudo quando este género, coloniza troncos de árvores de grandes dimensões e está no auge da produção lumínica.
Em Dezembro de 2017, postei aqui umas fotos que são muito provavelmente do género Armillaria: https://pirilampos-lightalive.blogspot.com/2017/12/
Em Novembro de 2016, postei umas fotos do género Omphalotus: https://pirilampos-lightalive.blogspot.com/2016/11/ assim como em Dezembro de 2018: https://pirilampos-lightalive.blogspot.com/2018/12/
Mas o conhecimento sobre os fungos luminosos em Portugal (e um pouco por todo o mundo) ainda tem muito que progredir.
Tendo em conta esta lacuna e a grande diversidade de fungos luminosos conhecidas no nosso país (ver aqui), e a grande possibilidade de haverem mais espécies bioluminescentes do que as descritas, o projeto Lightalive iniciou este inverno que passou, uma investigação sobre os fungos luminosos de Portugal, em colaboração com uma micóloga (que depois iremos apresentar), porque o conhecimento que existe sobre estas espécies, é bastante limitado.
8 comments:
Encantada e estou curiosa para saber quem é essa micóloga! Na volta, conheço-a...ahahah
Muito bom, obrigado pela partilha.
Obrigado a ambos.
Rita: Quem sabe... Eu depois digo quem é.
Gostei imenso da sequÊncia, sobretudo pelo contraste entre os diferentes niveis de luminosidade.
Que maravilha, algumas partes parece que brilham bem.
Adorava ver tal coisa pessoalmente...
Este ano, em princípio, vão haver saídas de campo para observação de fungos luminosos.
Que bom, e quando vai ser?
Posso enviar-lhe um email?
Sim, pode.
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