Reserva «Quinta de Óbidos»
Trata-se sobretudo de um pomar biológico (sem qualquer uso de pesticidas) de cerejas, pêssegos e ameixas, com algumas silvas, giestas e madressilvas a delimitar os limites do terreno.
Também existe a produção de ervas aromáticas e hortícolas.
Em alguns locais, domina a vegetação espontânea (que se encontra em expansão) e crescem plantas como a Equisetum sp.
Também existe a produção de ervas aromáticas e hortícolas.
Em alguns locais, domina a vegetação espontânea (que se encontra em expansão) e crescem plantas como a Equisetum sp.
Existem 2 nascentes de água (permanentes), 2 poços, 1 charco temporário e 2 ribeiras temporárias.
A parte mais baixa desta quinta, está inserida na Rede Natura.
Aqui existe uma variada fauna de vertebrados (sobretudo nas zonas mais baixas do vale): javali, coelho-bravo, perdiz-vermelha, texugo, raposa, águia-de-asa-redonda, gavião, peneireiro-vulgar, bufo-real, coruja-das-torres, coruja-do-mato, mocho-galego e uma enorme variedade de passeriformes.
Estão aqui presentes o maior lagarto da Europa (sardão), assim como a maior cobra da Europa (cobra-rateira). As cobras são vistas muito raramente e têm o hábito de fugir, assim que dão com uma pessoa.
Na quinta, nota-se o aparecimento da vegetação nativa (salgueiro (Salix sp.), pinheiro-bravo, aderno, medronheiro, loureiro, carvalho-cerquinho, sobreiro, entre outros), desde que se começou a adoptar por um modo de produção biológico.
Muitos animais usam esta quinta como zona de passagem, de hibernação (ou estivação), de caça, de pastoreio, mas também como zona de reprodução.
Estão presentes, nesta quinta, pelo menos, 3 espécies de Lampirídeos: Luciola lusitanica, Lampyris iberica e Lamprohiza paulinoi.
A espécie Luciola lusitanica, pode atingir aqui grandes concentrações (em anos mais favoráveis, várias centenas de adultos podem aparecer).
A caracoleta da espécie Cornu aspersum, atinge aqui um tamanho enorme (acima dos 40 mm em comprimento de concha).
São praticamente todos os meses do ano, em que se vê atividade dos pirilampos à superfície (do solo), seja, na forma adulta ou larvar.
A espécie Luciola lusitanica, pode atingir aqui grandes concentrações (em anos mais favoráveis, várias centenas de adultos podem aparecer).
A caracoleta da espécie Cornu aspersum, atinge aqui um tamanho enorme (acima dos 40 mm em comprimento de concha).
São praticamente todos os meses do ano, em que se vê atividade dos pirilampos à superfície (do solo), seja, na forma adulta ou larvar.
Aqui também foi observada bioluminescência em espécies de cogumelos e de oligoquetas.
Curiosidades/Peculiaridades: Fica numa zona de transição climática, situando-se ligeiramente a Norte da Serra de Montejunto e portanto tal reflecte-se também na fauna presente, em que lado a lado, convivem, relas-meridionais (Hyla meridionalis), relas-arborícolas-europeias (Hyla arborea), sapos-parteiros (Alytes obstetricans), sardões (Lacerta lepida), lagartos-de-água (Lacerta schreiberi) entre outras variadas espécies de anfíbios e répteis.
A biomassa de micromamíferos e invertebrados, é aqui também bastante assinalável.
Algumas fotos do local podem ser vistas embaixo, e aqui também (link).
Existem aqui muitas espécies de cogumelo
A romper com as chuvas outonais
Encosta virada para Noroeste
Reserva Lightalive «Jardim da Parede»
Uma autêntica «microreserva» em meio praticamente urbano, sendo sobretudo preenchida por um relvado, por árvores e arbustos exóticos (Cupressus sp, Cotinus coggygria e Pittosporum tobira), mas também por algumas espécies autótones (folhado, alecrim e hera).
Está confirmada a presença de uma população de Pomatias elegans neste jardim (assim como de outras espécies de moluscos terrestres, como Otala lactea, Cornu aspersum, Theba pisana e Arion sp.).
Nos últimos 2 anos (desde que os moradores atuais se mudaram para este local), tem sido sempre registada a presença de Lamprohiza paulinoi, neste jardim.
Neste jardim, não são usados pesticidas.
Neste jardim, não são usados pesticidas.
Algumas zonas junto aos muros (onde sobretudo aparece este pirilampo), são deixadas sem perturbação (nomeadamente com troncos, pedras calcáreas e uma boa quantidade de húmus).
A vegetação mais densa e os muros altos, protegem uma boa parte do jardim, do excesso de poluição luminosa artificial (iluminação pública) vinda do exterior, e dentro do jardim apenas se usa luz caso seja mesmo necessário e durante o menor tempo possível.
Curiosidades/Peculiaridades: Está situada a cerca 150 metros da praia (que é uma reserva natural e onde tem sido registada a presença de bioluminescência marinha (produzida por vários seres vivos, como dinoflagelados, ofiuroides, etc...) .
Folhado (Viburnum tinus)
Caracol de aspeto singular (Pomatias elegans)
Possuem um opérculo calcificado
11 comments:
Espectacular!
E essas cobras, não têm sido um problema?
Que caracóis tão curiosos (pelo que vi no google, têm olhos na base dos tentáculos).
E quanto às cobras-rateiras creio que já vi pelo menos uma e foi perto de Castelo Branco...
Assim que me viu, fugiu logo a sete pes! lool
Muito bom, belo projecto!
E já vi cobras por cá, mas não eram das grandes.
Olá a todos!
Tânia, é muito raro ver as cobras-rateiras por lá, e sempre que as vi, fugiram.
Bem porreiro, obrigado pela partilha!
Lindo!
A ideia das Reservas Lightalive, encaixa muito bem nos tempos que correm.
Força e boa sorte para o tempos vindouros.
Obrigado, Rita.
Queremos que o público participe.
E é assim mesmo que deve ser... Uma iniciativa de conservação em que é dada oportunidade ao público de participar.
Ok, Gonçalo, confesso que as cobras no geral metem-me medo, mas vendo a cobra-rateira pelas imagens do google, parece-me até um animal bem bonito e com variações interessantes.
E concordo com o Fernando, é bom dar a possibilidade ao publico de participar.
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