Tuesday, January 18, 2011

Cogumelos bioluminescentes em Portugal



















                                           Omphalotus olearius - Carlos Enrique Hermosilla




  Cogumelo pingos de vela (Xylaria hypoxylon)  Jan Hamilton






















  Mycena haematopus



  Um vídeo com  a espécie Omphalotus illudens:

  https://vimeo.com/31319837


Tem sido afirmado por alguns que em Portugal apenas existe um macrofungo bioluminescente: o Omphalotus olearius.

Tendo em conta, que no mundo inteiro, a cifra atual do número de espécies que se conhece com estas propriedades pouco excede uma centena, não parece muito surpreendente o que foi dito acima...

Mas o que acontece é que não é verdade, pois temos mais espécies bioluminescentes (e ainda mais podem faltar nesta lista):

Armillaria mellea

Armillaria gallica

Armillaria ostoyae

Armillaria tabescens

Collybia tuberosa

Flamullina velutipes

Mycena haematopus

Mycena maculata

Mycena epipterygia

Mycena rosea

Mycena inclinata

Mycena crocata

Mycena stylobates

Mycena sanguinolenta

Mycena tinttinabullum

Mycena galopus

Mycena pura

Mycena polygramma

Omphalotus illudens

Roridomyces roridus

Xylaria hypoxylon


Existe a possibilidade de mais espécies de Mycena serem bioluminescentes (e não só).

Está presente no nosso país, a espécie Panellus stipticus (tanto quanto sei, é apenas conhecida na Ilha da Madeira) mas só se conhece bioluminescência nas estirpes norte-americanas.
Contudo, ainda nada se sabe sobre a variedade presente na Madeira.

Mas aqui está a primeira referência feita para Portugal que conheço, sobre o assunto.


Saturday, January 15, 2011

Colêmbolos bioluminescentes em Portugal



Existe uma espécie de colêmbolo (Anurida granaria) presente em Portugal em que foi observada bioluminescência.
Este aspeto só recentemente descrito (http://www.byteland.org/bioluminus/ag_display.html) torna cada vez mais patente, a falta de conhecimentos sobre quais as espécies bioluminescentes que existem e que estão ainda por descobrir (mesmo aquelas mais conhecidas que ninguém pensava que teriam capacidades luminosas, podem dar grandes surpresas).
Primeira introdução feita à presença de colêmbolos bioluminescentes em Portugal:
Pelos dados que disponho, tenho a informação sobre a presença desta espécie em 3 localidades portuguesas (todas costeiras). Para evitar a perturbação de habitat, vou apenas divulgar as regiões: Açores, Madeira e Estremadura.
Esta espécie tem um aspecto translúcido (ideal para refletir a sua luz para o exterior) e vive normalmente abrigada debaixo de pedras ou troncos.
Ainda não se sabe claramente porque brilha, mas tem sido apresentada a possibilidade de o fazer para comunicar entre si, sobretudo em situações de possível perigo, distúrbio, ruído, etc...
Existem relatos de vários colêmbolos desta espécie, brilharem simultâneamente. O brilho é rápido, intenso, não consiste em pulsares e os colêmbolos necessitam de repousar entre brilhos (talvez porque haja um gasto metabólico elevado que necessite de ser recompensado).
Existe a hipótese de que mais espécies sejam bioluminescentes.


Uma espécie luminosa do Japão: Lobella sp.