Luciola lusitanica
A fêmea adulta é mais robusta que o macho, e apresenta os olhos menos desenvolvidos. Normalmente brilha (pisca) uma luz amarela no chão ou em cima de alguma planta/tronco, através de dois grandes órgãos luminosos.
O macho adulto normalmente pisca uma luz amarela, enquanto voa (através de 2 grandes órgãos luminosos) e tem os olhos bem desenvolvidos. Ambos os sexos têm o pronotum laranja e os élitros negros ou castanho-escuros.
O macho adulto normalmente pisca uma luz amarela, enquanto voa (através de 2 grandes órgãos luminosos) e tem os olhos bem desenvolvidos. Ambos os sexos têm o pronotum laranja e os élitros negros ou castanho-escuros.
A larva é geralmente castanha por cima, mais clara lateral e ventralmente, e brilha uma luz amarela atráves de 2 pontos luminosos no último segmento.
Lamprohiza mulsanti
A fêmea adulta de Lamprohiza mulsanti costuma de brilhar com uma luz contínua no chão ou
em cima de algumas plantas e rochas. Apresenta cerca de 15 pontos luminosos (quantidade variável) ao
longo do corpo e 2 luzes grandes e bem desenvolvidas nos últimos segmentos
principais.
O macho adulto (no meio) tem élitros (e asas) bem desenvolvidos e voa.
A larva é castanho-escura dorsalmente e mais clara ventralmente.
Apresenta uma boa transparência na cutícula, para que as luzes sejam visíveis desde diferentes àngulos.
As luzes encontram-se distribuídas lateralmente ao longo do corpo.
Lamprohiza paulinoi
Lamprohiza paulinoi fêmea (em cima) e macho (em baixo) ambos adultos (autores das fotos: Fernando Romão e Mendes Matos, respetivamente).
Esta espécie presenta vários pontos luminosos (5-10) e 2 luzes grandes e bem
desenvolvidas no sétimo e oitavo segmentos.
O macho tem élitros (e asas) bem desenvolvidos, voa e raramente se vê a brilhar (pode ser visto a voar com a luz sempre acesa).
Apresenta alguma transparência na cutícula, para que as luzes sejam visíveis desde diferentes àngulos.
As luzes encontram-se distribuídas lateralmente ao longo do corpo.
Geralmente de maior tamanho que a L. mulsanti.
As luzes encontram-se distribuídas lateralmente ao longo do corpo.
Geralmente de maior tamanho que a L. mulsanti.
A fêmea adulta, não voa e normalmente brilha com uma luz contínua
no solo ou em cima de plantas, rochas e troncos. Tem duas grandes barras de luz no antepenúltimo e penúltimo
segmento. 2 pontos de luz no último segmento.Tem tons castanhos escuros, mas pode ser rosada (lateralmente)
quando tem uma constituição mais robusta.
A larva como podemos ver na fotografia acima (ao lado de uma fêmea adulta), é muito semelhante à larva de Lampyris iberica.
A larva como podemos ver na fotografia acima (ao lado de uma fêmea adulta), é muito semelhante à larva de Lampyris iberica.
O Lampyris noctiluca macho adulto, normalmente apresenta um tom escuro uniforme.
Os élitros são uniformemente escuros.
O macho adulto, voa, tem grandes olhos, e brilha raramente (2 pontos de luz no último segmento).
Autor: Robin Scagell.
Mais fotos: http://www.eakringbirds.com/eakringbirds6/insectinfocusglowworm.htm
Mais fotos: http://www.eakringbirds.com/eakringbirds6/insectinfocusglowworm.htm
Lampyris raymondi
Espécie com estatuto pouco claro, a necessitar de confirmação (genética, por exemplo).
A fêmea adulta de Lampyris raymondi (lado direito), não voa, e apresenta élitros vestigiais. As luzes desta espécie são idênticas às outras espécies do género Lampyris.
O macho adulto (lado esquerdo), voa, tem grandes olhos, élitros rugosos e
brilha raramente (2 pontos de luz no último segmento). Tem uma coloração semelhante ao macho de Lampyris iberica.. Ainda está para clarificar o estatuto desta espécie.
Espécie descrita como presente em Portugal e também em mais alguns países europeus, por Ernest Olivier (século XIX).
Espécie descrita como presente em Portugal e também em mais alguns países europeus, por Ernest Olivier (século XIX).
Larva de Lampyris raymondi (segundo a opinião de alguns investigadores). Em relação à Lampyris iberica e Lampyris noctiluca, apresenta dois pontos claros extra no pronoto, na parte frontal. Autor Hectonichus.
Lampyris iberica
Lampyris iberica: macho (acima) adulto normalmente apresenta 2 pontos claros no pronotum (capacete). Os bordos dos élitros são mais claros que o interior.
O macho adulto, voa, tem grandes olhos, e brilha raramente (2 pontos de luz no último segmento).
A fêmea adulta, não voa e normalmente brilha com uma luz
contínua no solo ou em cima de plantas, rochas e troncos. Tem duas grandes barras de luz no antepenúltimo e penúltimo
segmento. Tem também 2 pontos claros, na base do pronotum («elmo» que protege a cabeça).
2 pontos de luz no último segmento.
Larva de Lampyris iberica. De côr negra na zona dorsal com pontos amarelos nas bordas inferiores dos segmentos corporais, e tons mais claros na zona ventral. Pode apresentar rosa, lateralmente.
Brilha através de dois pequenos órgãos luminosos, no último segmento.
Larva de Lampyris iberica. De côr negra na zona dorsal com pontos amarelos nas bordas inferiores dos segmentos corporais, e tons mais claros na zona ventral. Pode apresentar rosa, lateralmente.
Brilha através de dois pequenos órgãos luminosos, no último segmento.
Nyctophila reichii
Nyctophila reichii: A fêmea adulta, de tons laranja e rosados, não voa e normalmente
brilha com uma luz contínua no solo ou em cima de plantas, rochas e troncos. Têm
geralmente duas grandes barras de luz no
antepenúltimo e penúltimo segmento, e 2 pontos de luz no último segmento.
O macho adulto, é algo semelhante aos machos do género Lampyris, mas normalmente de um castanho mais claro e o pronotum («capacete») tem um centro avermelhado com uma marca escura no meio.
Dorsalmente a larva apresenta uma côr escura, e lateralmente um tom rosa. Ventralmente os tons são mais claros e alternam entre rosa, branco e negro.
Brilho idêntico às larvas do género Lampyris, mas a posição dos órgãos é ligeiramente mais lateral.
Phosphaenus hemipterus
Macho adulto de Phosphaenus hemipterus.
Fêmea adulta de Phosphaenus hemipterus.
Espécie de pequeno tamanho (macho até 8 mm e fêmeas até 10 mm de
comprimento), com hábitos diurnos, mas que mantém a capacidade de brilhar
(através de um par de luzes verdes no último segmento).
Tanto machos, como fêmeas, não voam.
A larva de P. hemipterus, é pequena de formato estreito, escura em cima e de côr creme lateralmente. Brilha através de pulsares de luz verde, emitidos por 2 órgãos luminosos localizados junto à cauda.
Phosphaenopterus metzneri
O macho adulto tem um par de élitros mais desenvolvidos, do que o macho adulto de Phosphaenus hemipterus, espécie com a qual, mantém alguma proximidade física (não se sabe se os machos são voadores).
Ainda não se conhecem fotos de fêmeas adultas.
Espécie de pequeno tamanho, com hábitos diurnos, mas que mantém a
capacidade de brilhar (através de um par de luzes verdes no último segmento).
A larva é semelhante à larva de Phosphaenus hemipterus e brilha de forma semelhante.
Fotos de Raphael de Cock.
Pelania mauritanica
Espécie descrita como presente em Portugal, Espanha e França por Ernest Olivier (século XIX), mas desde então nunca mais foi confirmada a sua presença em território europeu
Macho adulto capturado na Tunísia. |
2 fêmeas adultas: a mais pequena e escura, é uma Lampyris iberica e a outra (mais clara com tons de rosados e alaranjados) é uma Nyctophila reichii.
Autor: Raphael de Cock.
Macho adulto de Lampyris noctiluca, ao lado de um macho adulto de Phosphaenus hemipterus (mais pequeno).
12 comments:
Obrigado!
Não estava à espera de tanta espécie...
Cresci a pensar que só haviam 1 ou 2 espécies de pirilampos em Portugal.
É normal Tânia, várias pessoas já me disseram algo semelhante.
Muito útil, obrigada.
Foto enviada por Duarte Sousa (Loures) a 9 de Julho de 2014:
http://i.imgur.com/OGADk4I.jpg
Enviado por Ricardo Melo (Ermesinde) a 10 de Julho de 2014:
«Aqui pela minha zona tem dezenas deles. Tenho-os observado praticamente todos os dias desde há cerca de dois meses.
Só não sei qual é a espécie. São pequenos e emitem luz a voar. Piscam. A luz é na extremidade e pequena.»
Enviado por Nuno Cunha, a 11 de Julho de 2014:
«Em Óbidos juntam-se às dezenas durante em Junho (possivelmente época de acasalamento?) sendo bem visíveis ao anoitecer dos dias sem vento.
Resido na Lousã à 17 anos e ainda não tive o privilégio de ver aqui um (mas existem aqui também).
Também existe outra espécie que não voa e a luz é contínua, são também abundantes mas não se juntam (costumo pegar neles para mostrar ao miúdos e acho-os bem maiores que os primeiros e têm o abdómen quase todo iluminado, não apenas e ponta do rabo).
Apenas de referir que a presença de pirilampos (no período que emitem luz) é muito curta, apenas durante 2/3 semanas, sendo que existem dias que parecem existir por todo o lado (dias de pouco vento e humidade relativa baixa)»
E a lista de espécies continua a aumentar!
Alguém me poderá responder a duas perguntas?
Quais as espécies de pirilampos que habitam a zona oeste, particularmente no pinhal de Leiria?
Os pirilampos fêmea não voam? Não voam porque não têm asas ou podem ter asas mas vestigiais?
Boa noite
No pinhal de Leiria, conheço Luciola lusitanica, Lampyris iberica e Lamprohiza paulinoi.
Também talvez poderá existir alguma espécie menos conhecida de Lampyris ou até Phosphaenus hemipterus, mas eu não estive no pinhal tempo suficiente para averiguar.
Sim, pelo menos nas espécies que temos por cá, as fêmeas não voam (ainda que algumas tenham asas vestigiais (e outras nem isso)).
Post a Comment