Sunday, May 08, 2016


Os achados de diferentes espécies de pirilampos, sucedem-se com o avançar da Primavera.
Uma das espécies reportadas é a Lamprohiza paulinoi:





















Fotografados no vale do Tua (em 2015), por um dos nossos colaboradores (Luis Guilherme Sousa), vários machos desta espécie (e não só...), sentem-se atraídos por uma fêmea e disputam entre si o direito ao acasalamento.







Luzes vivas iluminam os campos:

https://www.youtube.com/watch?v=tsmzOCzDY6w

https://www.youtube.com/watch?v=BoMGO5k_xJw

E uma grande foto:






































                                                              Luciola lusitanica - Nuno Cabrita



Sunday, March 27, 2016


Foi no passado dia 24 de Março, que se avistou o primeiro pirilampo adulto deste ano (uma fêmea de Luciola lusitanica). Mais precisamente em Sintra (numa zona de baixa altitude). No dia seguinte, foi encontrado um macho, quase na mesma região.
Trata-se de uma data algo precoce para esta zona, mas dentro do normal, para zonas mais quentes e secas da Estremadura.



                                      Luciola lusitanica macho (João Luis Teixeira, 2008)


                               
                                                 Luciola lusitanica (Nuno Cabrita)



Thursday, February 11, 2016


Como prometido, aqui estão algumas fotos (provisórias, depois pretendo tirar mais e melhores) de um espaço verde situado em Lisboa (Santa Maria de Belém), onde houve intervenção camarária, no sentido de melhorar as condições do solo e da vegetação local. 
Em 2014/2015, foi espalhado humus, foram plantadas espécies nativas que anteriormente ocorriam no local, foram colocadas pilhas de troncos, para proteger o solo e foram colocadas vários contentores novos para o lixo. 
A vegetação entretanto instalada, sobreviveu perfeitamente ao verão (2015). Convém lembrar, que em anos anteriores, não havia quase qualquer vegetação no solo (mesmo durante as fases mais húmidas) e algumas árvores estavam em perigo de vida. 
Uma colónia local de diferentes espécies de insetos luminosos, tem sido monitorizada, desde o ano de 1997. 
Poucos anos após o início da investigação, foi registado um decréscimo acentuado no número de pirilampos, e em 2007/2008 (até ao presente), 3 espécies encontravam-se aparentemente extintas no local. 
Uma espécie ainda aparecia, mas em numeros muito baixos (por vezes, apenas um exemplar aparecia no mesmo local, durante várias noites seguidas, sem conseguir atrair um parceiro). Pela primeira vez, a floresta estava escura e privada dos espetáculos luminosos que envolviam centenas de intervenientes que brilhavam, por vezes, mesmo em simultâneo. 
Como até em anos mais favoráveis à sua ocorrência, o número de insetos luminosos continuava a descer, decidimos tentar tomar a decisão de intervir, pois algo errado se passava e as causas, como se foi averiguando com o passar do tempo, eram de origem humana. 
As próprias árvores da floresta, começaram também a definhar, ocorrendo até a morte de alguns exemplares, portanto era necessário que se tomasse uma decisão urgente, pois algumas destas árvores, são até bastante antigas e de valor conservacionista importante. 
Algumas causas do problema, foram efetivamente o remover de rochas que protegiam o solo, o pisoteio , mas sobretudo a remoção excessiva de vegetação e humus, dentro desta pequena floresta. 
Tal provocou um desequilibrio no solo e consequentemente na vegetação e nos seus habitantes. Era agora mais dificil sobreviver aos períodos mais quentes e secos do ano. 
Valeu assim bastante a pena, a minha cooperação com a Câmara Municipal de Lisboa, que foi pronta e precisa, nas suas decisões e ações, intervindo na área em questão, poucos meses, após o início das nossas comunicações. 
A ideia é conseguir um elevado grau de sustentabilidade ecológica, com o mínimo de intervenção, sem no entanto, descurar a vertente paisagística.
Espera-se agora (assim que o ponto de equilibrio seja finalmente estabelecido), que a fauna local (como várias populações de pirilampos) volte de novo a habitar este pequeno e ressuscitado oásis de vida, dentro da urbe lisboeta.



                                   
                                       





                               




Saturday, November 14, 2015



                                                                    Terry Lynch




Friday, October 23, 2015



                                 Video com cortejo nupcial de pirilampos




Friday, October 02, 2015
















Existem espécies de peixes abissais que usam campos visuais desconhecidos para as suas presas, como está explicado aqui. Este peixe em cima (Aristostomias sp.), consegue iluminar o seu caminho e apanhar uma presa, utilizando uma luz vermelha, que é emitida por órgãos luminosos situados debaixo dos olhos.




Wednesday, September 30, 2015



Na China, o primeiro parque temático do mundo dedicado aos pirilampos, esteve para ser inaugurado este ano, mas foi cancelado, porque grupos de conservacionistas chineses não gostaram da ideia, pois consideram que este tipo de turismo possa ser prejudicial para o ambiente e possa apresentar problemas de segurança. 

O cancelamento, deixou muita gente desiludida, pois mesmo antes da abertura do parque, todos os bilhetes de acesso ao parque já tinham sido vendidos. 

Zhu Xiangyu, o diretor da Qinghuan Volunteer Service Center (uma organização ambiental sediada em Nanjing) e um dos patrocinadores de uma petição online para bloquear a abertura do parque dos pirilampos (Shanghai Park), diz-nos: « Nós pedimos ao público para se manter longe deste tipo de observação de pirilampos. As pessoas pensam que é romântico, mas é letal».

Nem todas as caminhadas terminam bem. Este último verão, uma multidão desapontada, destruiu um campo onde existiam pirilampos, após ficarem 2 horas sem ver qualquer pirilampo, de acordo com Xinhua, uma agência de notícias estatal.  

Os organizadores disseram que tal se deveu às temperaturas demasiado frescas e devolveram dinheiro aos visitantes.
Em Wuhan (em Maio de 2015) cerca de 5.000 pessoas colocaram-se junto à entrada de um parque de pirilampos, no seu dia de abertura e muitas entraram antes que os portadores dos bilhetes pudessem ter acesso ao seu interior. Quem conseguiu entrar, o que viu foi um caminho de cerca de 50 metros, com redes finas em todos os lados, para previnir a fuga dos poucos pirilampos presentes.
«Cerca de 90% do turismo em torno dos pirilampos na China, é falso. Eles apenas apanham pirilampos da Natureza e colocam-nos dentro de uma «tenda» diz-nos o Sr. Xu do Nanhu Firefly Park. Mas nem todos os parques são assim, e alguns apenas optam pela observação de animais livres e em estado selvagem.
Zhu (diretor do Qinghuan Volunteer Service Center) conta-nos que «para ajudar a controlar as multidões, voluntários das universidades guiam os visitantes e as autoridades e têm impedido veículos motorizados de invadir a zona de um parque de pirilampos em Nanjing, que se tem tornado bastante popular». 
E acrescenta: «muitas pessoas já não trazem lanternas, mas o problema é que são demasiadas, por vezes até 10.000 pessoas só na época de reprodução dos pirilampos».

Outros problemas, são o pisoteio exagerado (pois fêmeas e larvas permanecem no solo durante praticamente todo o ano), o manuseamento dos animais e a remoção da camada superior de folhas e húmus. As florestas não são para ser tratadas como jardins!






Friday, August 07, 2015







                           














  Fêmea de Lampyris noctiluca Andrew Cooper (UK)



                               Pirilampos nas Filipinas:

                https://www.youtube.com/watch?v=2IVBDDVPl68


                                           

Thursday, July 09, 2015

Ponto da situação





Este ano tem sido bastante seco, aqui na zona Sul da Estremadura, mas os avistamentos de pirilampos e de bioluminescência em geral, continuam a ser comuns.
Centenas de testemunhos, oriundos de diferentes partes do país, foram-nos enviados.
Dezenas de novas localidades foram acrescentadas à distribuição presente conhecida para várias espécies.
A fase de avistamentos de espécies de coleópteros luminosos terrestres de maiores dimensões, já deu início com alguns testemunhos vindos da zona Oeste da Estremadura, do Algarve e do Norte do país, por exemplo.



Monday, June 08, 2015






                                              Macho e fêmea de Lampyris iberica





Wednesday, May 13, 2015

Já viu algum pirilampo? Ou outro ser vivo luminoso?

Tenho recebido algumas informações de avistamentos de vaga lumes e de outras formas bioluminescentes. 

Mas relanço aqui o assunto. Quem tiver visto algum ser luminoso, por favor, envie-me um email, pm ou até um «comment».

Tente enviar uma resposta, que responda às seguintes questões:
1- Local e hora do avistamento (o mais pormenorizado que poder indicar, melhor).
2- Condições atmosféricas (se estava a chover, húmido, seco, calor ou outros...)
3- Condições de luminosidade do local (tinha iluminação artificial perto, longe ou nenhuma, se sim de que côr era a luz).
4-Que tipo de luz emitia o pirilampo? Côr? Piscava ou mantinha-se sempe acesa? Pulsares?
5- Em que habitat estava o pirilampo (floresta, campo, berma de caminho, etc...)? Diga-nos também se souber em que plantas o animal estava poisado ou a sobrevoar.
6- Por fim diga-nos o que é que o vaga lume estava a fazer? A comer, a acasalar, a descansar, a andar, ou a voar, etc...

As suas informações são muito importantes, pois muito pouco se sabe sobre estes animais misteriosos. Pode também dar um relato mais sintético sem responder a algumas das questões. Em muitos locais se assiste a diminuição notória dos seus números e assim se vai perdendo um dos maiores espetáculos da natureza.


Também temos interesse em outras formas de bioluminescência.


Para saber mais detalhes sobre o que poderá estar a encontrar, pode consultar livremente o nosso guia sobre os pirilampos de Portugal e mais algumas formas de bioluminescência em Portugal (que foram publicados já em Julho de 2014) emBioluminescência terrestre em PortugalGuia dos pirilampos de Portugal e Bioluminescência marinha em Portugal.


Envie as informações de preferência por email para: livinglightfestival@gmail.com

Obrigado!!


































Saturday, March 28, 2015


Inverno de 2015 deixa-nos com 2 novidades:



1- Centenas de larvas de pirilampo foram avistadas e reportadas, em várias partes do país, com novos registos para algumas localidades. 
Obrigado a todos pela colaboração e apoio!


2- A Câmara Municipal de Lisboa está de parabéns, por conjuntamente comigo, ter intervido numa parcela florestal (imagens temporárias embaixo, depois colocarei fotos mais detalhadas), no sentido de inverter a situação de pré-extinção de várias populações locais de pirilampos.
 É possível a coexistência pacífica de animais bioluminescentes com os humanos, mesmo em áreas urbanas. 
Obrigado por tudo!


















Primeiros pirilampos adultos de 2015, começam a aparecer!
Neste caso foi avistada uma fêmea de Luciola lusitanica, nos arredores de Lisboa, no dia 21 de Março.
Com um microclima geralmente mais quente, que a maior parte da Estremadura, certas zonas baixas e ainda florestadas, dos arredores de Lisboa (como a que está na imagem em baixo), têm registado ao longo dos anos, várias observações precoces de insetos luminosos já em estado adulto.






















Thursday, February 26, 2015

Uma alforreca luminosa (Atolla vanhoeffeni)



             




















Esta espécie está presente nos mares portugueses.


http://sites.biology.duke.edu/johnsenlab/research/index.html

Bioluminescência marinha em expansão


Investigadores do Museu de História Natural Americano, descobriram que nas profundidades abissais, diferentes grupos de peixes bioluminescentes, têm tido resultados diferentes, a nível da diversificação de espécies.
Certos grupos (como os do peixe-lanterna) ao adotarem novas formas de se iluminar, estão a tornar-se bem sucedidos no seu habitat e a aumentar o seu numero de espécies.

Mais aqui: http://www.natureworldnews.com/articles/6230/20140303/bioluminescence-in-deep-sea-fishes-breeds-species-diversity.htm








Ventre de peixe-lanterna



http://sites.biology.duke.edu/johnsenlab/research/index.html