Este é um blog dedicado à bioluminescência de todo o mundo, mas com particular destaque a Portugal. Poesias, reportagens, imagens, descrições científicas é tudo bem vindo a este espaço.
Wednesday, April 28, 2010
Lula Vampiro
Veja aqui um documentário da BBC
É uma espécie, que em Portugal, é conhecida nos Açores (poderá contudo ter uma distribuição mais alargada no nosso país).
Usa um «fio de pesca» (para detetar presas ou predadores), tem captadores especiais de oxigénio (porque nesta zona profunda é um bem escasso), brilha (tem várias luzes nos tentáculos e duas luzes principais no manto que por vezes diminue de intensidade para dar ideia ao predador ou presa, que se está a afastar), ejeta partículas luminosas quando é rapidamente abordada por um possível predador e até muda de forma!
Thursday, April 22, 2010
Mais vaga lumes aparecem!
Já têm aparecido mais e desta feita, com mais espécies!
Entre elas, a Lamprohiza paulinoi.
É uma espécie que possue numerosas luzes e é aparentemente mais rara que a Luciola lusitanica.
Paulino de Oliveira (a quem esta Lamprohiza deve o nome da espécie) perto de Coimbra, já há quase 100 anos, encontrou este pirilampo em grandes numeros (devia ser um grande espetáculo, tendo em conta as caraterísticas dos machos (capazes de voar com a luz sempre acesa) e as fêmeas com as suas numerosas luzes e «farol» principal).
Algo longe do que hoje temos testemunhado, em que não só normalmente se encontram poucas, mas como também vão desaparecendo em locais onde ainda há pouco tempo, era reportada sua presença.
Contudo acredito que ainda hajam anos de maior abundância desta espécie, sobretudo em certas zonas menos perturbadas.
Tuesday, March 30, 2010
Surgem os primeiros pirilampos da fase adulta
Dia 27/3
Luciola lusitanica (fêmea adulta).
Ajuda
Dia 28/3
Luciola lusitanica (macho adulto).
S. Francisco Xavier
Thursday, March 11, 2010
Descoberta nova espécie para a CIÊNCIA em Portugal
Eu e os meus colegas publicámos um artigo científico sobre a descoberta de uma nova espécie de pirilampo para a ciência em Portugal.
Tal pirilampo foi encontrado na viagem de 2006 (que está documentada embaixo (Março, 2010)) .
Aqui está o artigo (resumo):
http://www.heteropterus.org/pdf/n8/Heteropterus_Rev_Entomol_8(2)_147-154R.pdf
De salientar que após esta publicação, entretanto vai ser necessário publicar outro artigo, porque mais espécies têm sido encontradas.
Eu (Rio de Onor, 2006)
Viagem de campo em algumas partes do país (2006)
Tuesday, February 16, 2010
Chauliodus sloani

Ainda que com as luzes «desligadas», consegue-se admirar fotóforos de diferentes côres (com especial incidência do vermelho, verde e amarelo), indicam-nos o verdadeiro potencial luminoso deste peixe (inclusive o fotóforo que produz luz roxa, debaixo do olho).
Em http://www.photoshelter.com/c/solvinzankl/gallery-img-show/Deep-Sea-plankton-anglerfish-creatures-Tiefsee-Plankton-Tiefseeanglerfisch/G0000Sxr161Ocark/?_bqG=12&_bqH=eJzzDLF0sgxzjSxN0fazNPHJLPMudItMrfLXzsm3sjI0MLCyco_3dLF1NwCC4IoiQzND_.TEomw1d894d0cfH9egSGzSAFbxGY4-
Saturday, February 13, 2010
Bioluminescência roxa existe? Sim!
http://members.fortunecity.com/anemaw/viperfish.htm
Chauliodus sloani é um peixe fora do vulgar.
Nas profundidades oceânicas evidencia luzes de côres diferentes: luz roxa assim como também luzes vermelhas (e possivelmente luzes de mais côres ( ver foto))!
Mais espécies foram observadas com luzes de côres diferentes, nos mares, mas a luz roxa tem referências praticamente inexistentes. Teorizo a hipótese de terem o mesmo papel que as luzes rubi ou vermelhas do género Melanostomias, em que o peixe utiliza luzes especiais para detetar presas sem ser detectado, pois alguns organismos no oceano, não detetam luzes de côr vermelha, e possivelmente também não detetam a luz rosa ou roxa.
Esta espécie (Chauliodus sloani) encontra-se em alguns países, tal como Portugal.
A já mais conhecida Enguia Pelicano (Eurypharynx pelecanoides), que também existe no nosso país, possivelmente exibe bioluminescência rosa na ponta da sua longa cauda. Também aparentemente alterna a sua luz rosa com bioluminescência vermelha.
Mais espécies são conhecidas por possuir luzes de côres diferentes, nos oceanos, de cujo número exato é impossível, com os meios que se possue, de obter estimativas exatas.
Mais de 95% dos oceanos são inexplorados na sua zona superficial e cerca de 4% é adicionado a esse valor, se formos mais para o fundo, que é onde a esmagadora maioria da vida bioluminescente subsiste.
Condições constantes de escuridão, nutrientes e temperatura, durante vários milhões de anos, possibilitaram a expansão da diversidade, das dimensões e das côres da bioluminescência marinha.
Algumas espécies de peixes exibem centenas de luzes ao longo do corpo, estendendo-se até aos olhos e palato.
Em algumas espécies, os inúmeros fotóforos, adquirem uma beleza extraordinária, fazendo várias combinações de luzes.
Certas espécies abrem e fecham as luzes de forma coordenada e alternada, outras, usam-nas de forma mais constante e permanente.
Chauliodus sloani é um peixe fora do vulgar.
Nas profundidades oceânicas evidencia luzes de côres diferentes: luz roxa assim como também luzes vermelhas (e possivelmente luzes de mais côres ( ver foto))!
Mais espécies foram observadas com luzes de côres diferentes, nos mares, mas a luz roxa tem referências praticamente inexistentes. Teorizo a hipótese de terem o mesmo papel que as luzes rubi ou vermelhas do género Melanostomias, em que o peixe utiliza luzes especiais para detetar presas sem ser detectado, pois alguns organismos no oceano, não detetam luzes de côr vermelha, e possivelmente também não detetam a luz rosa ou roxa.
Esta espécie (Chauliodus sloani) encontra-se em alguns países, tal como Portugal.
A já mais conhecida Enguia Pelicano (Eurypharynx pelecanoides), que também existe no nosso país, possivelmente exibe bioluminescência rosa na ponta da sua longa cauda. Também aparentemente alterna a sua luz rosa com bioluminescência vermelha.
Mais espécies são conhecidas por possuir luzes de côres diferentes, nos oceanos, de cujo número exato é impossível, com os meios que se possue, de obter estimativas exatas.
Mais de 95% dos oceanos são inexplorados na sua zona superficial e cerca de 4% é adicionado a esse valor, se formos mais para o fundo, que é onde a esmagadora maioria da vida bioluminescente subsiste.
Condições constantes de escuridão, nutrientes e temperatura, durante vários milhões de anos, possibilitaram a expansão da diversidade, das dimensões e das côres da bioluminescência marinha.
Algumas espécies de peixes exibem centenas de luzes ao longo do corpo, estendendo-se até aos olhos e palato.
Em algumas espécies, os inúmeros fotóforos, adquirem uma beleza extraordinária, fazendo várias combinações de luzes.
Certas espécies abrem e fecham as luzes de forma coordenada e alternada, outras, usam-nas de forma mais constante e permanente.
Wednesday, December 23, 2009
Saturday, December 19, 2009
Wednesday, November 11, 2009
Novembro
Têm sido observados pirilampos na forma larvar a brilhar no solo em sítios como a Serra da Arrábida e a Serra de Sintra.
Os habitats visitados são geralmente constituídos por floresta nativa.
As últimas chuvas proporcionaram estes avistamentos.
Este verão foi muito longo e seco, vamos então tentar ver quais as consequências que terá na dinâmica populacional (destes animais) no próximo ano.
Foi também observada alguma bioluminescência marinha nas zonas costeiras: dinoflagelados, artrópodes e plâncton, produziram um verdadeiro espectáculo!
Saturday, August 29, 2009
Época dos pirilampos adultos no fim
A maior parte dos pirilampos adultos já cumpriu a seu ciclo de vida.
Este ano, houve um pouco menos de pirilampos que o ano passado (nas zonas que foram visitadas), mas ainda é cedo, para tomar alguma conclusão.
O ano foi seco é um facto, mas não se sabe se foi essa a única causa.
Agora os ovos jazem debaixo do solo, mais protegidos da desidratação e dos calores do estio, «adormecidos» enquanto as chuvas não chegam.
Algumas crias nascem durante o verão, mas permanecem escondidas em zonas frescas e húmidas..
A chuva irá libertá-las (mais tarde) dos seus abrigos e fazer com que se vejam as suas luzes, na superfície do solo da floresta.
Foto de fêmea adulta de Nyctophila reichii (Marc Blanco)
Monday, December 08, 2008
Algumas dicas para ajudar os vaga lumes e o ambiente
1- Apague as luzes do seu jardim sempre que não precisar delas. Poupe dinheiro e o ambiente.
2- Use candeeiro exteriores com proteção em cima, para não irradiar a luz para o céu e para as zonas vizinhas.
3- Opte por construir um refúgio natural no seu jardim para os pirilampos: como pilhas de troncos e pedras (servem como local de alimentação, reprodução e hibernação ou estivação).
4- Evite usar pesticidas nas suas culturas (ou use o mínimo necessário). Isto, porque destroem os solos, contaminam as águas e o ambiente, em geral.
5- Não deixe lixo na praia ou em qualquer zona natural. Várias tartarugas marinhas, por exemplo, têm morrido sufocadas por causa dos plásticos.
6- Tente plantar alguma vegetação nativa e deixe algum húmus no solo, para que este se mantenha rico e húmido.
Tuesday, November 11, 2008
Fotos: uma para a pose, outra para a liberdade!
Sunday, September 14, 2008
Já viu algum pirilampo?
Tenho recebido algumas informações de avistamentos de vaga lumes ou de bioluminescência em geral. Mas relanço aqui o assunto. Quem viu alguma coisa, por favor, envie-me um mail, pm ou até um «comment».
Tente enviar uma resposta que responda às seguintes questões:
1- Local e hora do avistamento. ( o mais pormenorizado que poder indicar, melhor).
2- Condições atmosféricas ( se estava a chover, húmido, seco, calor ou outros...)
3- Condições de luminosidade do local ( tinha iluminação artificial perto, longe ou nenhuma, se sim de que côr era a luz).
4-Que tipo de luz emitia o pirilampo? Côr? Piscava ou mantinha-se sempe acesa? Pulsares?
5- Em que habitat estava o pirilampo? Floresta, campo, berma de caminho, etc... Diga-nos também se souber em que plantas o animal estava poisado ou a sobrevoar.
6- Por fim diga-nos o que é que o vaga lume estava a fazer? A comer, a acasalar, a descansar, a andar, a voar, etc...As suas informações são muito importantes, pois muito pouco se sabe sobre estes animais misteriosos.Em muitos locais se assiste a diminuição notória dos seus números e assim se vai perdendo um dos maiores espetáculos da natureza.
Envie por email de preferência para : livinglightfestival@gmail.com
Obrigado!!
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