Este é um blog dedicado à bioluminescência de todo o mundo, mas com particular destaque a Portugal. Poesias, reportagens, imagens, descrições científicas é tudo bem vindo a este espaço.
Thursday, February 28, 2008
Fotos com boa definição
Aconselho vivamente a clicarem nas fotos para aumentar o pormenor.
Espero este ano conseguir mais fotos de mais espécies e algumas com a luz produzida pelos vaga-lumes.
Obrigado por visitarem este espaço!
Pupa de Lampyris!


Após terminar o seu crescimento a larva torna-se numa pupa.
Quando sente vibração no solo a larva brilha bastante, pois muitas das suas estruturas são translúcidas.
Normalmente a larva procura um local sossegado e abrigado para pupar pois é muito frágil durante essa fase.
Esta larva que foi fotografada conseguiu emergir uns dias mais tarde, sem qualquer problema. Veio a saber-se que era um grande macho.
Normalmente a larva procura um local sossegado e abrigado para pupar pois é muito frágil durante essa fase.
Esta larva que foi fotografada conseguiu emergir uns dias mais tarde, sem qualquer problema. Veio a saber-se que era um grande macho.
Lamprohiza mulsanti
Phosphaenus hemipterus!



Aqui estão algumas fotos do esquivo Phosphaenus hemipterus.
Trata-se neste caso de um macho que encontrei no Norte de Portugal.
Trata-se neste caso de um macho que encontrei no Norte de Portugal.
As antenas parecem estar sempre a sondar o ar, em busca de sinais odoríferos das fêmeas, pois este vaga lume tem comportamentos diurnos, ao contrário da maior parte das espécies de lampirídeos.
Esta é uma das únicas espécies que conheço, das mais de 2000 espécies de pirilampos, que tem comportamentos diurnos, mas macho e fêmea mantêm a sua capacidade luminosa até ao fim das suas vidas (provavelmente a par das espécies do género Phosphaenopterus).
Outro aspecto curioso é que não voam.
Acredita-se que mantêm a sua luz por razões anti-predatórias.
Wednesday, February 27, 2008
Fotos de Luciola lusitanica (macho)

O macho apresenta olhos bem desenvolvidos.

A estrutura branca atrás é o seu órgão luminoso

Fase pré-vôo.

Em repouso.
As fotos foram tiradas por José Manuel Grosso Silva a uns Luciola lusitanica que eu encontrei no Norte do país (zona de Avintes).
Agradeço a hospitalidade do José (e da sua esposa), em receber-me em sua casa!
Gostaria também de dizer, que foram muito importantes as informações que o José me forneceu sobre o seu achado de Phosphaenus hemipterus em Trofa.
Também gostei de esclarecer as dúvidas do José, sobre Lamprohiza paulinoi (inclusive sobre a larva desta espécie), sobre a larva e o adulto de Luciola lusitanica, assim como sobre várias outras espécies de pirilampos portugueses.
Sunday, January 20, 2008
Fotos inéditas
Este blog apresenta, as primeiras fotos de sempre do comportamento luminoso de larvas de Luciola lusitanica, e do aspecto físico das larvas desta espécie.
As primeiras fotos de sempre de fêmeas e machos de Lamprohiza paulinoi (a primeira descrição sobre a bioluminescênca em machos, fêmeas e larvas de Lamprohiza paulinoi foi apresentada no International Firefly Congress, realizado em Junho de 2007, em Gaia) e do comportamento luminoso das larvas de Lamprohiza mulsanti.
Assim como mostrou ao mundo, as primeiras imagens de uma espécie nova para ciência encontrada em Portugal, em 2006. Este «novo» vagalume é do género Lampyris.
Tuesday, January 15, 2008
Projeto bioluminescência de Portugal: Pioneirismo e inovação.
Este projeto é considerado pioneiro, porque foi o primeiro a começar a estudar de forma exclusiva as espécies de vaga lumes e pirilampos, mas também diferentes fenómenos de bioluminescência em Portugal . O primeiro que se preocupou em inserir esta caraterística no campo da ecologia e do estudo comportamental. O primeiro, que em colaboração com particulares e serviços camarários, iniciou ações de sensibilização e conservação.
Apresentei, por isso mesmo, no Firefly Meeting Congress (21-25 de Junho de 2007) um trabalho, que foi o primeiro de sempre feito na área, pois albergou espécies nunca antes estudadas (nos respectivos capítulos abordados): «An introduction study on ecology, behaviour and habitat use of some Portuguese Lampyridae: Nyctophila reichii, Lamprohiza paulinoi and Luciola lusitanica.»
Desde o início dos anos noventa, são registadas observações (inclusive com um relato completo da evolução de uma população de Lamprohiza paulinoi, antes e após o uso de pesticidas). O ano de 2008 avizinha-se prometedor, com mais voluntariado, com pedidos de revistas científicas para a publicação de artigos, com participações na rádio, etc...
O nosso projeto de investigação de bioluminescência de Portugal, com raízes no final dos anos 90, humildemente e dedicadamente é pioneiro e o único até agora, a estudar diferentes fenómenos luminosos (produzidos por seres vivos), em Portugal.
Acreditamos também que a sua existência é benéfica para todos e que ajuda a preservar a Natureza.
Reportagem com a sua colaboração
Tenho recebido algumas informações de avistamentos de vaga lumes e outros seres luminosos (mesmo até marinhos).
Relanço aqui o assunto. Quem viu algum, por favor, envie-me um mail, pm ou até um «comment».
Tente enviar uma resposta que responda às seguintes questões:
1- Local e hora do avistamento. ( o mais pormenorizado que poder indicar, melhor).
2- Condições atmosféricas ( se estava a chover, húmido, seco, calor ou outros...)
3- Condições de luminosidade do local ( tinha iluminação artificial perto, longe ou nenhuma, se sim de que côr era a luz).
4-Que tipo de luz emitia o pirilampo? Côr? Piscava ou mantinha-se sempe acesa? Pulsares?
5- Em que habitat estava o pirilampo? Floresta, campo, berma de caminho, etc... Diga-nos também se souber em que plantas o animal estava poisado ou a sobrevoar.
6- Por fim diga-nos o que é que o vaga lume estava a fazer? A comer, a acasalar, a descansar, a andar, a voar, etc...
As suas informações são muito importantes, pois muito pouco se sabe sobre estes animais misteriosos.
Em muitos locais se assiste a diminuição notória dos seus números e assim se vai perdendo um dos maiores espetáculos da natureza.
Friday, December 28, 2007
Cogumelos brilhantes

Uma perspetiva diferente....

Cogumelos brilhantes a crescer num ramo

Mainichi Shimbun

Foto de Rodrigo Baleia
Como já foi afirmado a bioluminescência chega também ao mundo dos fungos.
Em Portugal também existem cogumelos bioluminescentes, que são, às vezes, visíveis em locais frescos e em noites húmidas, nomeadamente em florestas de folha larga.
Fonte
Factos sobre a bioluminescência

Oligoquetas luminosas
A bioluminescência como a conhecemos é produzida de forma bioquímica por fungos, bactérias e animais.
As côres conhecidas até agora são azul, verde, amarelo, laranja, vermelho, rosa e roxo.
Têm a maior profusão nos oceanos.
Peixes, moluscos, equinodermes, crustáceos, cnidários, plancton (entre outros) produzem luz.
Em água doce, existem alguns casos, como em algumas larvas de vaga lume que têm uma vida aquática e depois regressam ao ambiente terrestre para construir um casulo e tornarem-se adultas, no caso de um gastrópode aquático (Latia neritoides) da Nova Zelândia e algumas batérias parasitas que provocam a «doença luminosa» em alguns artrópodes aquáticos.
Em terra existe uma espécie de caracol luminoso, na Malásia (Quantula striata), existem milipedes, centípedes, oligoquetas (minhocas), fungos (cogumelos), nemátodes e entre os insetos existem colêmbolos, baratas, alguns Dípteros, e pelo menos 4 famílias de escaravelhos (Staphylinidae, Lampyridae, Phengodidae e Elateridae), também conhecidos vulgarmente por pirilampos ou vaga-lumes..
Thursday, December 27, 2007
Vaga lumes: variedade e caraterísticas

2 larvas de Lamprohiza mulsanti em plena escuridão.
A luz está a ser observada lateralmente, mas sobretudo dorsalmente.
Existem 4 famílias principais de pirilampos (Elateridae, Staphylinidae, Lampyridae e Phengodidae) além de que alguns Diptera são também conhecidos por pirilampo na Austrália.
Em Portugal conhece-se os Lampyridae (todos são luminosos), Elateridae (não se sabe ainda se alguma espécie será produtora de luz) e alguns Diptera que são bioluminescentes.
Existem por todo o mundo mais de 2000 espécies de vaga lumes, sendo que no Brasil é onde existe a maior variedade. Muitas espécies estão ainda por identificar.
A luz dos vaga lumes é produzida através de um processo de oxidação de uma molécula de luciferina. Esta ao oxidar (reagir com o oxigénio), dá origem à oxiluciferina (que é uma molécula energizada) em presença de ATP (trifosfato de adenosina), e quando esta molécula se desactiva ou perde a sua energia passa a manifestar-se sob a forma de luz. Esta é uma luz fria, ecológica e ultra-eficaz, pois tem uma eficácia de 95%-100% enquanto uma lâmpada normal, apenas tem uma eficácia de cerca de 5% e ainda por cima liberta sob a forma de calor, a energia desperdiçada.
Para produzir uma lâmpada normal, são precisos cerca de 300kgs de carvão, o que requer a utilização de uma grande quantidade de recursos naturais.
A luz dos pirilampos tem objetivos diferentes consoante a situação, servindo para: atração para acasalamento, alerta contra predadores, comunicação entre os machos e até para atrair caça.
As côres conhecidas até hoje variam entre o azul, o verde, o laranja o amarelo e o vermelho.
Entre estas côres observam-se variantes diferentes e algumas espécies apresentam luzes de côres diferentes (Phengodidae).
Saturday, November 24, 2007
Medusas brilhantes

Fotografia tirada no escuro a uma medusa bioluminescente (Atolla sp.) por E. Widder.
http://www.youtube.com/watch?v=CG7Cf2EgJq4
Vídeo de medusa em que se pode ver a sua fantástica luz.
Fonte: http://oceanexplorer.noaa.gov/explorations/05deepscope/background/eyeinsea/eyeinsea.html
Saturday, November 17, 2007
Phosphaenopterus metzneri !!

Esta espécie é muito rara a nível mundial, sendo conhecida em Portugal até agora, apenas na Serra de S. Mamede e na Serra do Marvão.
A foto acima foi tirada no mesmo local onde foi encontrado o P. metzneri.
Não existe qualquer descrição sobre o tipo de habitat em que esta espécie é encontrada, por isso e como já tive a felicidade de encontrar uma larva (e nunca se fez uma menção sobre o habitat e a luminosidade das larvas desta espécie), vou então fazer uma primeira e muito resumida (para já) descrição do achado: Foi numa noite estrelada de Julho de 2007, que na margem de um ribeiro local, por entre folhas caídas de choupo, vi uma larva de Phosphaenopterus metzneri a luzir (pouco depois da meia-noite).
A vegetação local é constituída por choupos (Populus sp), silvas (Rubus fruticosus), fetos-comuns (Pteridium aquilinum), entre outras plantas.
Os pulsares luminosos da larva apresentam uma côr verde intensa e são algo semelhantes aos da espécie Phosphaenus hemipterus.
A vegetação local é constituída por choupos (Populus sp), silvas (Rubus fruticosus), fetos-comuns (Pteridium aquilinum), entre outras plantas.
Os pulsares luminosos da larva apresentam uma côr verde intensa e são algo semelhantes aos da espécie Phosphaenus hemipterus.
Monday, November 12, 2007
Mar brilhante!

Como se pode ver nesta imagem de satélite, onde a noite já está a cair, (as luzes das cidades já são visíveis do espaço, assim como no canto inferior esquerdo... O mar!). Este fenómeno para ser visível a esta distância é porque tem dimensões colossais (até centenas de kms!).
Existem mais locais do mundo onde isto já foi observado como em Porto Rico, na Califórnia, em Portugal (na baía de Sesimbra e nos Açores, por exemplo), e aqui nesta imagem, no Índico, mais perto da costa da Somália.
Certos seres microscópicos bioluminescentes têm uma explosão populacional sempre que condições muito particulares de temperatura, salinidade, nutrientes e oxigénio coincidem.
O insólito revela-se!

Existe um peixe mistério (Aristostomias sp.), nas profundezas do mar, que utiliza luzes de côres diferentes (azul, verde e vermelha). Possue pequenos fotóforos vermelhos que iluminam várias partes do corpo, como se de uma constelação de estrelas vermelhas se tratasse. Não se sabe o porquê da luz vermelha, quando no fundo do mar a luz verde-azul é que a penetra mais na água e por isso é das mais vulgarmente utilizadas. Pensa-se que utiliza a luz vermelha ( que está situada junto ao olho) para utilizar um campo visual que não é usado pelas suas presas e assim poder vê-las sem ser visto. Mas numa análise ao olho deste peixe, revelou que afinal ele apenas capta a luz verde-azul. Assim foi possível constar que este peixe tem uma molécula no olho, qual pigmento de antena, que tal como a clorofila absorve a energia da luz vermelha, transferindo assim essa energia para os pigmentos visuais, apenas sensíveis à luz verde e azul e sendo assim utilizável pelo peixe. Com isto o peixe luminoso apresenta luz vermelha (invisível para as suas presas) mas no seu olho converte-a em azul tornando-se as presas visíveis para si! As semelhanças com a clorofila, são interessantes: estas moléculas não só absorvem energia dos fotóns como até são derivadas da clorofila.
Existem mais espécies de peixes a utilizarem luz vermelha de forma semelhante e várias estão presentes nos mares Portugueses.
Link: http://www.lifesci.ucsb.edu/~biolum/
Friday, November 09, 2007
A famosa lula vagalume
Monday, November 05, 2007
Poluição luminosa
O excesso de poluição artificial luminosa em algumas regiões urbanas e semi-urbanas, impede numerosos fenómenos naturais de ocorrerem ou de se tornarem visíveis. Entre os quais, vaga lumes, estrelas e auroras boreais...
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