Sunday, January 20, 2008

Fotos inéditas


Este blog apresenta, as primeiras fotos de sempre do comportamento luminoso de larvas de Luciola lusitanica, e do aspecto físico das larvas desta espécie.
As primeiras fotos de sempre de fêmeas e machos de Lamprohiza paulinoi (a primeira descrição sobre a bioluminescênca em machos, fêmeas e larvas de Lamprohiza paulinoi foi apresentada no International Firefly Congress, realizado em Junho de 2007, em Gaia) e do comportamento luminoso das larvas de Lamprohiza mulsanti.

Assim como mostrou ao mundo, as primeiras imagens de uma espécie nova para ciência encontrada em Portugal, em 2006. Este «novo» vagalume é do género Lampyris.







Tuesday, January 15, 2008

Projeto bioluminescência de Portugal: Pioneirismo e inovação.



Este projeto é considerado pioneiro, porque foi o primeiro a começar a estudar de forma exclusiva as espécies de vaga lumes e pirilampos, mas também diferentes fenómenos de bioluminescência em Portugal . O primeiro que se preocupou em inserir esta caraterística no campo da ecologia e do estudo comportamental. O primeiro, que em colaboração com particulares e serviços camarários, iniciou ações de sensibilização e conservação.
Apresentei, por isso mesmo, no Firefly Meeting Congress (21-25 de Junho de 2007) um trabalho, que foi o primeiro de sempre feito na área, pois albergou espécies nunca antes estudadas (nos respectivos capítulos abordados): «An introduction study on ecology, behaviour and habitat use of some Portuguese Lampyridae: Nyctophila reichii, Lamprohiza paulinoi  and Luciola lusitanica.»
Desde o início dos anos noventa, são registadas observações (inclusive com um relato completo da evolução de uma população de Lamprohiza paulinoi, antes e após o uso de pesticidas). O ano de 2008 avizinha-se prometedor, com mais voluntariado, com pedidos de revistas científicas para a publicação de artigos, com participações na rádio, etc...
O nosso projeto de investigação de bioluminescência de Portugal, com raízes no final dos anos 90, humildemente e dedicadamente é pioneiro e o único até agora, a estudar diferentes fenómenos luminosos (produzidos por seres vivos), em Portugal.
Acreditamos também que a sua existência é benéfica para todos e que ajuda a preservar a Natureza.



Reportagem com a sua colaboração



Tenho recebido algumas informações de avistamentos de vaga lumes e outros seres luminosos (mesmo até marinhos).

Relanço aqui o assunto. Quem viu algum, por favor, envie-me um mail, pm ou até um «comment».

Tente enviar uma resposta que responda às seguintes questões:


1- Local e hora do avistamento. ( o mais pormenorizado que poder indicar, melhor).


2- Condições atmosféricas ( se estava a chover, húmido, seco, calor ou outros...)


3- Condições de luminosidade do local ( tinha iluminação artificial perto, longe ou nenhuma, se sim de que côr era a luz).


4-Que tipo de luz emitia o pirilampo? Côr? Piscava ou mantinha-se sempe acesa? Pulsares?


5- Em que habitat estava o pirilampo? Floresta, campo, berma de caminho, etc... Diga-nos também se souber em que plantas o animal estava poisado ou a sobrevoar.


6- Por fim diga-nos o que é que o vaga lume estava a fazer? A comer, a acasalar, a descansar, a andar, a voar, etc...



As suas informações são muito importantes, pois muito pouco se sabe sobre estes animais misteriosos.
Em muitos locais se assiste a diminuição notória dos seus números e assim se vai perdendo um dos maiores espetáculos da natureza.


Friday, December 28, 2007

Cogumelos brilhantes




   Uma perspetiva diferente....



    Cogumelos brilhantes a crescer num ramo






   Mainichi Shimbun









  Foto de Rodrigo Baleia



  Como já foi afirmado a bioluminescência chega também ao mundo dos fungos.


  Em Portugal também existem cogumelos bioluminescentes, que são, às vezes, visíveis em locais        frescos e em noites húmidas, nomeadamente em florestas de folha larga.

  Fonte


Factos sobre a bioluminescência


                         Oligoquetas luminosas



A bioluminescência como a conhecemos é produzida de forma bioquímica por fungos, bactérias e animais.

As côres conhecidas até agora são azul, verde, amarelo, laranja, vermelho, rosa e roxo.

Têm a maior profusão nos oceanos.

Peixes, moluscos, equinodermes, crustáceos, cnidários, plancton (entre outros) produzem luz.

Em água doce, existem alguns casos, como em algumas larvas de vaga lume que têm uma vida aquática e depois regressam ao ambiente terrestre para construir um casulo e tornarem-se adultas, no caso de um gastrópode aquático (Latia neritoides) da Nova Zelândia e algumas batérias parasitas que provocam a «doença luminosa» em alguns artrópodes aquáticos.

Em terra existe uma espécie de caracol luminoso, na Malásia (Quantula striata), existem milipedes, centípedes, oligoquetas (minhocas), fungos (cogumelos), nemátodes e entre os insetos existem colêmbolos, baratas, alguns Dípteros, e pelo menos 4 famílias de escaravelhos (Staphylinidae, Lampyridae, Phengodidae e Elateridae), também conhecidos vulgarmente por pirilampos ou vaga-lumes..




Thursday, December 27, 2007

Vaga lumes: variedade e caraterísticas



2 larvas de Lamprohiza mulsanti em plena escuridão.
A luz está a ser observada lateralmente, mas sobretudo dorsalmente.



Existem 4 famílias principais de pirilampos (Elateridae, Staphylinidae, Lampyridae e Phengodidae) além de que alguns Diptera são também conhecidos por pirilampo na Austrália.
Em Portugal conhece-se os Lampyridae (todos são luminosos), Elateridae (não se sabe ainda se alguma espécie será produtora de luz) e alguns Diptera que são bioluminescentes.
Existem por todo o mundo mais de 2000 espécies de vaga lumes, sendo que no Brasil é onde existe a maior variedade. Muitas espécies estão ainda por identificar.
A luz dos vaga lumes é produzida através de um processo de oxidação de uma molécula de luciferina. Esta ao oxidar (reagir com o oxigénio), dá origem à oxiluciferina (que é uma molécula energizada) em presença de ATP (trifosfato de adenosina), e quando esta molécula se desactiva ou perde a sua energia passa a manifestar-se sob a forma de luz. Esta é uma luz fria, ecológica e ultra-eficaz, pois tem uma eficácia de 95%-100% enquanto uma lâmpada normal, apenas tem uma eficácia de cerca de 5% e ainda por cima liberta sob a forma de calor, a energia desperdiçada.
Para produzir uma lâmpada normal, são precisos cerca de 300kgs de carvão, o que requer a utilização de uma grande quantidade de recursos naturais.
A luz dos pirilampos tem objetivos diferentes consoante a situação, servindo para: atração para acasalamento, alerta contra predadores, comunicação entre os machos e até para atrair caça.
As côres conhecidas até hoje variam entre o azul, o verde, o laranja o amarelo e o vermelho.
Entre estas côres observam-se variantes diferentes e algumas espécies apresentam luzes de côres diferentes (Phengodidae).


Saturday, November 24, 2007

Medusas brilhantes




Fotografia tirada no escuro a uma medusa bioluminescente (Atolla sp.) por E. Widder.


http://www.youtube.com/watch?v=CG7Cf2EgJq4


Vídeo de medusa em que se pode ver a sua fantástica luz.

Fonte: http://oceanexplorer.noaa.gov/explorations/05deepscope/background/eyeinsea/eyeinsea.html


Saturday, November 17, 2007

Phosphaenopterus metzneri !!






Esta espécie é muito rara a nível mundial, sendo conhecida em Portugal até agora, apenas na Serra de S. Mamede e na Serra do Marvão.
A foto acima foi tirada no mesmo local onde foi encontrado o P. metzneri.

Não existe qualquer descrição sobre o tipo de habitat em que esta espécie é encontrada, por isso e como já tive a felicidade de encontrar uma larva (e nunca se fez uma menção sobre o habitat e a luminosidade das larvas desta espécie), vou então fazer uma primeira e muito resumida (para já) descrição do achado: Foi numa noite estrelada de Julho de 2007, que na margem de um ribeiro local, por entre folhas caídas de choupo, vi uma larva de Phosphaenopterus metzneri a luzir (pouco depois da meia-noite).
A vegetação local é constituída por choupos (Populus sp), silvas (Rubus fruticosus), fetos-comuns (Pteridium aquilinum), entre outras plantas.
Os pulsares luminosos da larva apresentam uma côr verde intensa e são algo semelhantes aos da espécie Phosphaenus hemipterus.




Monday, November 12, 2007

Mar brilhante!




Como se pode ver nesta imagem de satélite, onde a noite já está a cair, (as luzes das cidades já são visíveis do espaço, assim como no canto inferior esquerdo... O mar!). Este fenómeno para ser visível a esta distância é porque tem dimensões colossais (até centenas de kms!).

Existem mais locais do mundo onde isto já foi observado como em Porto Rico, na Califórnia, em Portugal (na baía de Sesimbra e nos Açores, por exemplo), e aqui nesta imagem, no Índico, mais perto da costa da Somália.

Certos seres microscópicos bioluminescentes têm uma explosão populacional sempre que condições muito particulares de temperatura, salinidade, nutrientes e oxigénio coincidem.

link:http://www.lifesci.ucsb.edu/~biolum/organism/milkysea.html


O insólito revela-se!




Existe um peixe mistério (Aristostomias sp.), nas profundezas do mar, que utiliza luzes de côres diferentes (azul, verde e vermelha). Possue pequenos fotóforos vermelhos que iluminam várias partes do corpo, como se de uma constelação de estrelas vermelhas se tratasse. Não se sabe o porquê da luz vermelha, quando no fundo do mar a luz verde-azul é que a penetra mais na água e por isso é das mais vulgarmente utilizadas. Pensa-se que utiliza a luz vermelha ( que está situada junto ao olho) para utilizar um campo visual que não é usado pelas suas presas e assim poder vê-las sem ser visto. Mas numa análise ao olho deste peixe, revelou que afinal ele apenas capta a luz verde-azul. Assim foi possível constar que este peixe tem uma molécula no olho, qual pigmento de antena, que tal como a clorofila absorve a energia da luz vermelha, transferindo assim essa energia para os pigmentos visuais, apenas sensíveis à luz verde e azul e sendo assim utilizável pelo peixe. Com isto o peixe luminoso apresenta luz vermelha (invisível para as suas presas) mas no seu olho converte-a em azul tornando-se as presas visíveis para si! As semelhanças com a clorofila, são interessantes: estas moléculas não só absorvem energia dos fotóns como até são derivadas da clorofila.
Existem mais espécies de peixes a utilizarem luz vermelha de forma semelhante e várias estão presentes nos mares Portugueses.




Link: http://www.lifesci.ucsb.edu/~biolum/

Peixe brilhante



Peixe luminoso de profundidade (Melanostomias sp.).
Este género, está presente em Portugal.


Friday, November 09, 2007

A famosa lula vagalume



Aqui vê-se um exemplar a apagar as suas luzes, embora as luzes das ponta dos tentáculos quais lanternas ainda se mantêm acesas.



Aqui pode-se a ver um exemplar a utilizar quase em pleno as suas espantosas capacidades luminosas!


Monday, November 05, 2007

Poluição luminosa

O excesso de poluição artificial luminosa em algumas regiões urbanas e semi-urbanas, impede numerosos fenómenos naturais de ocorrerem ou de se tornarem visíveis. Entre os quais, vaga lumes,  estrelas e auroras boreais...


Friday, October 26, 2007

Insólito: ovos de vaga lume




  Ovos de vaga lume prestes a eclodir.


  Os ovos de vaga lume também brilham.

  Fotos de Chosetec.



Tuesday, October 16, 2007

Bioluminescência no mar



Em Portugal existem condições muito boas para a existência de seres luminosos marinhos.
Fenómenos de mar brilhante (devido a microorganismos luminosos) são visiveis à superficie, por exemplo, na zona de Sesimbra.
Em zonas de mar muito profundo, (partir dos 1000 metros) surgem variadas formas bioluminescentes.
Tendo em conta que várias zonas da nossa área marinha, contêm estas profundidades e são muito ricas em nutrientes, é possível observar em Portugal diversas espécies de seres luminosos.


Vídeos sobre pirilampos



A primeira filmagem de sempre que conheço de.Phrixotrix hiatus (?):

http://www.youtube.com/watch?v=vOuwCF61hUs

Mais:

http://www.youtube.com/watch?v=wons2Wa98BQ


http://www.youtube.com/watch?v=30UgxoMIcps


http://www.youtube.com/watch?v=Il_In43LaS8


http://www.youtube.com/watch?v=mjvIBTMxuE0


https://www.youtube.com/watch?v=ebuSeK7Y7F8


Insectos que produzem luz azul


Em Portugal existem insectos (Diptera) que evidenciam bioluminescência azul, no estado larvar.

Estas espécies vivem em zonas húmidas, escuras, como em troncos de árvores caídas.

Espécies do género Keroplatus e Orfelia, que comprovadamente existem no nosso país, através da apanha de exemplares adultos, apresentam uma luz azul enquanto larvas.






Wednesday, October 03, 2007

Isso é um vaga lume!



http://www.youtube.com/watch?v=P1xw3lfW6cw



Quais os efeitos da poluição luminosa nos pirilampos?



A poluição luminosa provocada por um uso excessivo e descontrolado da luz pelo Homem interfere de forma direta na vida dos vaga-lumes, pelas seguintes razões:

- As larvas utilizam luzes como sinal de aviso para não serem predadas. Se a sua luz, tornar-se menos perceptível devido ao excesso de luz ambiente ( neste caso artificial), os seus sinais defensivos deixam de ser compreendidos, e podem assim ser atacadas e mesmo quando rejeitadas, podem ficar feridas de morte.

- Os adultos comunicam-se através de sinais luminosos. Com muita iluminação, deixam-se de ver e assim não poderão acasalar, pois os machos ficam sem ser saber onde estão as fêmeas.
Algumas fêmeas, uma vez confrontadas com muita luz, refugiam-se em locais, escuros e abrigados, recolhendo-se por vezes, no seu abrigo subterrâneo. Assim ficam impedidas de se reproduzir.

Neste pequeno vídeo vê-se isso mesmo a acontecer:

http://www.youtube.com/watch?v=XnHXSlgO6FE





Contra a poluição luminosa




A poluição luminosa além de nos impedir de ver os céus estrelados, interfere nos ciclos vitais das plantas e dos animais. A nível económico um grande gasto é feito através de emissões excessivas de luz que se escapa para o espaço (sem sequer ser utilizada).


Assim algumas pessoas têm demonstrado esforços para inverter esta tendência, como se pode ver neste site:

http://www.darksky.org/


Rota Dark Sky Alqueva:

http://www.darkskyalqueva.com/a-rota/